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Publicada em 02 de Maio de 2025 às 00:25

O avanço da dengue e a urgência de medidas conjuntas

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O aumento dos casos de dengue e a confirmação de mais uma morte em Porto Alegre reforçam a importância de uma atuação conjunta entre poderes públicos e população para frear a proliferação da doença. A capital gaúcha registrava, até a sexta-feira passada (25/04), 5.259 casos de dengue, três óbitos e mais de 23 mil notificações.
O aumento dos casos de dengue e a confirmação de mais uma morte em Porto Alegre reforçam a importância de uma atuação conjunta entre poderes públicos e população para frear a proliferação da doença. A capital gaúcha registrava, até a sexta-feira passada (25/04), 5.259 casos de dengue, três óbitos e mais de 23 mil notificações.
O Rio Grande do Sul contabiliza 12.958 casos confirmados da dengue, dos quais a grande maioria - 10.919 - foram contraídos dentro do Estado, segundo os dados do Painel de Casos de Dengue no RS. No País, a marca de 1 milhão de casos da doença foi superada, e são mais de 600 mortes por dengue desde o início do ano.
Algumas iniciativas já foram implementadas pela administração pública municipal, entre elas o decreto de situação de emergência assinado pelo prefeito Sebastião Melo, que permite acelerar processos para compra de insumos, por exemplo. O texto prevê também realocar servidores públicos municipais e suspender férias e folgas, com o intuito de reforçar a mão de obra para atuar no combate à epidemia.
Entretanto, algumas ações necessitam de maior agilidade. Das cinco tendas médicas instaladas pelo Exército para atender especificamente casos suspeitos de dengue, apenas uma está funcionando plenamente. Em relação à tenda erguida ao lado do Posto de Saúde Modelo, na Av. Jerônimo de Ornelas, a explicação é que o anexo será ativado se a demanda ultrapassar a capacidade de atendimento do posto, o que ainda não ocorreu.
A prefeitura solicitou o apoio do Exército em atividades de conscientização dos porto-alegrenses e na logística durante a aplicação de inseticida para eliminar os focos do mosquito Aedes aegypti nos bairros da cidade com mais casos.
Na esfera estadual, uma das frentes de atuação do governo gaúcho é na formação e qualificação de gestores e equipes de saúde para a prevenção e o manejo clínico de casos de dengue. No âmbito federal, há críticas sobre a falta de repasse de recursos aos municípios e também quanto à distribuição de vacinas contra a dengue, que não cobre ainda toda a população.
Apesar de haver um incremento de ações dos governos para tentar conter o avanço dos casos, não se pode esquecer das ações preventivas. Nessa parte, os brasileiros têm papel fundamental. Evitar o acúmulo de lixo, água parada, fazer uso de repelente e instalar telas de proteção nas residências são recomendações faladas há anos, desde os primeiros casos de dengue no Brasil, mas ainda parecem esquecidas por muitos. Em se tratando de uma arbovirose, doença causada por um vírus transmitido por mosquitos, é preciso agir antes para não sobrecarregar mais ainda a saúde pública brasileira.

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