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Publicada em 14 de Janeiro de 2025 às 18:45

A conscientização sobre o uso do celular no ambiente escolar

ARTE/JC
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Escolas e professores de todo o Brasil terão um grande desafio pela frente para colocar em prática as restrições ao uso de celulares no ambiente escolar. Ao mesmo tempo em que a medida visa preservar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes de instituições públicas e privadas, seu uso pedagógico não pode ser abandonado, sob o risco de que o maior foco e engajamento esperados, deixe de ocorrer.
Escolas e professores de todo o Brasil terão um grande desafio pela frente para colocar em prática as restrições ao uso de celulares no ambiente escolar. Ao mesmo tempo em que a medida visa preservar a saúde mental, física e psíquica de crianças e adolescentes de instituições públicas e privadas, seu uso pedagógico não pode ser abandonado, sob o risco de que o maior foco e engajamento esperados, deixe de ocorrer.
A solução para o problema, obviamente, é complexa, mas o Brasil não está sozinho ao implantar uma legislação restringindo o uso de celular em escolas. Países como França, Espanha, Grécia, Dinamarca, Itália e Holanda já possuem leis do tipo.
Por aqui, as experiências colocadas em prática já mostram resultados, agradando tanto pais quanto docentes. Um exemplo é o município do Rio de Janeiro, que implantou a medida por meio de decreto, em agosto de 2024, depois que 83% dos participantes de uma consulta pública concordarem com a restrição aos celulares.
Dois meses após a medida ser implantada, a Secretaria Municipal de Educação carioca apresentou os primeiros dados: ganhos em relação à concentração, participação em aulas, desempenho dos alunos e redução de casos de ciberbullying.
No projeto de lei nacional - vale para aulas, intervalos e recreios, com exceção para fins pedagógicos ou em casos de emergência -, não existe determinação específica para o armazenamento dos equipamentos. Esse detalhe poderá ser resolvido por meio de regulamentação nacional ou de legislações locais, mas pode enfrentar problemas, principalmente em escolas públicas com infraestruturas deficientes.
No Rio Grande do Sul, os sindicatos ligados a professores de escolas privadas e às próprias instituições já vinham debatendo os prejuízos do uso do aparelho por estudantes no ambiente escolar. Agora, com a regra passando a valer já para o ano letivo de 2025, será preciso conscientização tanto de pais quanto de alunos.
A verdade é que famílias e a sociedade em geral têm cada vez mais consciência que há um uso excessivo do celular e das redes sociais. No Brasil, em levantamentos realizados com os próprios estudantes, dois terços admitem que se distraem com o aparelho e acabam perdendo conteúdo.
Por outro lado, não se pode negar que para atrair a atenção da nova geração, fluente em linguagem digital, o uso de tecnologias com acesso à internet é essencial, mas essa utilização precisa ser feita com um propósito.
 

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