Após um 2024 muito difícil, em que o Rio Grande do Sul teve de enfrentar a maior tragédia climática já ocorrida no Brasil, os gaúchos vislumbram um 2025 com um olhar de otimismo e esperança, mas sabedores de que grandes desafios ainda se apresentarão.
Já no primeiro dia do ano, prefeitos e prefeitas eleitos no pleito de outubro irão assumir as gestões dos 497 municípios do RS. Muitos são novos e irão iniciar um trabalho não podendo perder tempo na instalação e organização da nova gestão. Outros, foram reeleitos e terão pela frente a responsabilidade de dar continuidade a um trabalho com a obrigação de entregar resultados ainda melhores.
À reconstrução do que foi perdido se junta a urgente necessidade de que novas soluções sejam pensadas, planejadas e executadas para que não volte a ocorrer o que se passou em 2024.
Investimentos em infraestrutura junto às regiões com bacias hidrográficas serão fundamentais, assim como uma atenção especial à questão ambiental. Se, em 2024, a natureza cobrou um preço caro, em 2025 se faz necessário que todas as políticas de reconstrução levem em conta a sustentabilidade.
Na economia, o trabalho dos empreendedores gaúchos ainda será árduo, mas o cenário vislumbrado é positivo. Conforme pesquisa do Sebrae-RS analisando os pequenos negócios do RS, 62% dos microempresários estão confiantes na melhoria do seu ramo de atividade e 47% acreditam numa melhora na economia já nos próximos dois meses. A pesquisa mostrou também que 48% dos pequenos empreendedores pretendem expandir seus negócios no próximo bimestre.
Os resultados da economia, porém, não dependem apenas do esforço do empresariado. Os cenários econômicos influenciam diretamente nos resultados locais. Por isso, todos estão de olho em como será o governo de Donald Trump nos Estados Unidos. As declarações do próximo líder da maior economia do mundo dizendo que pode sobretaxar produtos brasileiros preocupam. Caberá ao governo brasileiro negociar com a Casa Branca para evitar mais prejuízos.
Já em relação à economia nacional, o novo comando no Banco Central tem pela frente o desafio de reduzir a alta taxa de juros, mantendo a inflação abaixo do teto da meta e controlando o câmbio. São tarefas que exigem previsibilidade de ações, garantia da autonomia do BC e responsabilidade nos gastos públicos.
A missão será árdua, mas o horizonte é animador. O suor de quem trabalha, a visão de quem empreende e a gestão de quem cuida da coisa pública precisam caminhar juntos para que 2025 seja um ano de retomada e crescimento.