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Publicada em 03 de Setembro de 2024 às 19:02

O crescimento do PIB e a força da economia do Brasil

ARTE/JC
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Um Produto Interno Bruto (PIB) em crescimento significa que a economia de um país está indo bem, que as taxas de desemprego estão baixas e que há maior poder de compra por parte da população. Um cenário que proporciona uma maior segurança para diferentes setores econômicos, tanto públicos quanto privados, realizarem investimentos.
Um Produto Interno Bruto (PIB) em crescimento significa que a economia de um país está indo bem, que as taxas de desemprego estão baixas e que há maior poder de compra por parte da população. Um cenário que proporciona uma maior segurança para diferentes setores econômicos, tanto públicos quanto privados, realizarem investimentos.
Os dados do segundo trimestre de 2024, divulgados pelo IBGE nesta terça-feira, mostram um crescimento de 1,4% no PIB do Brasil, em comparação aos três meses iniciais do ano - período em que o desempenho foi revisado e passou de 0,8% para 1%.
Em uma análise sobre as projeções para os próximos dois semestres, visando uma estimativa consolidada do PIB do ano - antes previsto em 2,4%, agora podendo alcançar até 2,9% -, é relevante observar as bases do crescimento até aqui.
O resultado ocorreu em meio a um contexto de mercado de trabalho aquecido. Tanto é que indústria e serviços tiveram altas importantes - de 1% e 1,8%, respectivamente - e compensaram o dado da agropecuária (-2,3%), em queda desde o final do ano passado devido às variações climáticas. Outro fator foram as transferências governamentais via benefícios de assistência e previdência social, a elevação real do salário-mínimo e o pagamento dos precatórios.
As enchentes de proporções históricas em maio no Rio Grande do Sul, naturalmente, afetaram o desempenho do PIB. O IBGE, no entanto, vê como uma boa notícia que, na composição do indicador, os efeitos da tragédia estão sendo superados de forma rápida. A maior concentração negativa se deu na agropecuária, com destaque para a soja.
Precisa, também, ser registrado, que o indicador, mesmo vindo dentro do esperado pelo mercado financeiro, foi considerado uma grata surpresa. Isso porque as projeções variavam de uma alta de 0,4% a 1,6%, com mediana de 0,9%.
Obviamente, são números que empolgam, pois demonstram que a economia brasileira tem mostrado mais força do que o esperado pelos analistas. De qualquer forma, é preciso ter os dois pés no chão.
Como a economia é uma sucessão de elos interdependentes, é necessário ficar atento aos riscos que podem barrar o ritmo sustentável de crescimento da atividade econômica. E, o principal deles, é a inflação.
Para frear um possível crescimento exagerado no preço de bens e serviços é preciso focar nos investimentos, na aplicação de recursos com vistas a um retorno futuro. Nesse sentido, o desempenho das indústrias é a maior garantia de equilíbrio entre oferta e demanda.
 

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