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Publicada em 19 de Agosto de 2024 às 18:53

Qualidade da educação e mão de obra no Brasil

ARTE/JC
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Os índices educacionais no Brasil avançam a passos lentos, o que mantém o aprendizado em patamares ainda muito baixos. Como as deficiências vão se arrastando ao longo da trajetória escolar, os alunos terminam o ensino médio, por exemplo, sem saber como calcular porcentagem.
Os índices educacionais no Brasil avançam a passos lentos, o que mantém o aprendizado em patamares ainda muito baixos. Como as deficiências vão se arrastando ao longo da trajetória escolar, os alunos terminam o ensino médio, por exemplo, sem saber como calcular porcentagem.
Isso se reflete na necessária mão de obra qualificada de que o País tanto precisa. E a economia brasileira não pode, de forma alguma, se acomodar a um padrão de baixa qualificação. A situação, contudo, não é simples de se resolver. Passa por questões estruturais, pedagógicas, financeiras, sociais e culturais.
É preciso ficar atento, igualmente, aos indicadores demográficos, sob pena de não se conseguir mão de obra qualificada em um futuro próximo. De 2003 a 2022, a redução no número de nascimentos no Rio Grande do Sul, por exemplo, chegou a 15,5%.
No Brasil, a qualidade da educação em Português e Matemática é avaliada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) - cuja prova é realizada a cada dois anos. Os dados de 2023, divulgados na semana que passou, mostram uma leve melhora no desempenho dos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano) e ensino médio, e queda nos anos finais (do 6º ao 9º ano) em nível nacional.
No País, as redes municipais são responsáveis por 65% das matrículas dos anos iniciais, etapa em que, historicamente, tem se conseguido os melhores resultados. Ainda que em 2023 tenha alcançado a meta de 2021 - determinada sempre dois anos antes -, que era de 6 pontos, especialistas avaliam que o patamar é estabelecido ainda em expectativas de aprendizagem muito baixas.
No RS, o levantamento do Ideb indicou que, nos anos iniciais do fundamental, o Estado atingiu 5,8 (meta era de 6,3). Já nos anos finais, o indicador ficou em 4,7 (5,5). No ensino médio, foi de 3,9 (5,3).
Exemplo de estado que ano a ano vem galgando posições no que se refere à qualidade da educação, o Ceará tem 17 das 21 escolas públicas do País com nota 10 nos anos iniciais. Nessas instituições, os diretores costumam atribuir os avanços à formação continuada dos professores e à participação dos pais.
Já entre as capitais - dez atingiram as metas nos anos iniciais -, Porto Alegre está entre as que não alcançaram, junto a São Paulo (SP)e Florianópolis (SC), por exemplo.
Para que a situação não se agrave no Brasil, são necessários investimentos e o estabelecimento de políticas públicas. Nesse sentido, programas de apoio à permanência em sala de aula, envolvimento dos pais com a rotina escolar e ensino em tempo integral são alternativas apontadas como capazes de fazer a diferença.
 

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