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Publicada em 06 de Agosto de 2024 às 19:26

Um novo fôlego para o mercado imobiliário gaúcho

Editorial

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A reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio é trabalhada em diferentes vertentes. A principal, da qual derivam outras, é a retomada econômica por meio de estímulos ao comércio e às indústrias. Porém, são a construção civil e o mercado imobiliário que têm reagido nesse momento.
A reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio é trabalhada em diferentes vertentes. A principal, da qual derivam outras, é a retomada econômica por meio de estímulos ao comércio e às indústrias. Porém, são a construção civil e o mercado imobiliário que têm reagido nesse momento.
Isso se explica, em parte, pela procura de moradias por pessoas que perderam todos os bens materiais, inclusive o lugar onde moravam. Outro fator é a migração interna. São pessoas que mudam de bairro e até mesmo de cidade em busca de locais afastados de áreas onde a água chegou.
Em Porto Alegre, por exemplo, a taxa de velocidade de vendas (unidades x oferta total) de imóveis novos foi de 6,5% em junho ante 4,6% em maio, quando o mercado registrou reflexos das enchentes. Dados do Sinduscon-RS indicam que a preferência foi por imóveis em lançamento (60%), seguidos dos prontos (24%) e em construção (17%).
Já no RS, os financiamentos imobiliários atingiram R$ 8,13 bilhões no primeiro semestre de 2024, alta de 16,14%, segundo dados da Abecip e FGTS/Caixa. Considerando apenas o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), foram financiados R$ 4,01 bilhões - 13.342 unidades - 8,24% a menos que nos primeiros seis meses de 2023.
Os financiamentos pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) atingiram R$ 4,12 bilhões - 21.684 unidades -, uma elevação de 56,65%. Essa alta expressiva é atribuída aos financiamentos pelo Minha Casa, Minha Vida.
No início do ano, o setor já falava em uma retomada embalada pelo programa federal, após uma queda de 0,5% no PIB da construção civil em 2023. Em termos comparativos, em 2021 e 2022 o crescimento foi de 9,7% e 6,9%, respectivamente.
Em julho, portaria assinada pela União autorizou a contratação para construir 11,5 mil habitações nas dez cidades mais afetadas pela tragédia. Da mesma forma, incentiva a adoção de novos métodos construtivos para agilizar as entregas.
Seguindo a mesma linha, o governo do RS abriu prazo de habilitação para empresas interessadas em participar da concorrência eletrônica para a construção de até mil habitações em modelo steel. Pelo método, há menos desperdício que na alvenaria.
Por outro lado, o governo federal tenta frear o avanço dos financiamentos de imóveis usados por dois motivos. O primeiro é que o orçamento do FGTS, que banca o Minha Casa, está pressionado. O segundo é que a construção e comercialização de imóveis novos geram mais empregos.
 

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