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Publicada em 17 de Junho de 2024 às 18:13

A importância de reabrir o aeroporto de Porto Alegre

Editorial

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A reabertura do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, é imperativa para a retomada econômica do Rio Grande do Sul após as trágicas enchentes. O terminal foi duramente atingido pelas águas, danificando maquinários, estruturas físicas e a pista de pousos e decolagens. Por isso, dinheiro e tempo são ativos cruciais para reverter o efeito arrasador sobre o RS.
A reabertura do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, é imperativa para a retomada econômica do Rio Grande do Sul após as trágicas enchentes. O terminal foi duramente atingido pelas águas, danificando maquinários, estruturas físicas e a pista de pousos e decolagens. Por isso, dinheiro e tempo são ativos cruciais para reverter o efeito arrasador sobre o RS.
Fechado desde 3 de maio e com prazo indeterminado para reabrir, a situação do aeroporto afeta sobremaneira a malha aeroviária nacional. A Fraport - concessionária administradora do terminal - já estimou um custo mínimo de R$ 362 milhões para recolocar o complexo em operação, mas a conta pode chegar a até R$ 1 bilhão.
De janeiro a abril, o terminal registrou fluxo de 2,2 milhões de passageiros. Sem o maior hub no Sul, a aviação nacional é afetada em cheio. Estudo encomendado pela Secretaria de Turismo do RS indica que 86% dos voos previstos para o aeroporto da Capital ainda não foram realocados para outros terminais. Situação que ocasiona graves prejuízos ao setor de turismo e de eventos.
Em Gramado, a segunda cidade mais visitada por turistas em nível nacional, já há demissões. Uma das feiras mais importantes do Estado, a Expointer ocorrerá em agosto, mas com os voos restritos, não deve ter a mesma força.
Por esses e outros motivos, o aeroporto precisa ser a grande prioridade logística no Estado neste momento. É inadiável que o Ministério de Portos e Aeroportos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Casa Civil e a Fraport cheguem a um denominador comum para que a recuperação ocorra da forma mais célere possível.
Uma reunião marcada para hoje em Brasília deve ser determinante em relação aos valores pedidos pela concessionária que, inclusive, já cogitou devolver a concessão - assumida em 2017, por um prazo de 25 anos -, caso não haja socorro financeiro. Na pandemia, quando os voos pararam e foram sendo retomados paulatinamente, as perdas já foram gigantescas para a empresa alemã. Por isso, entre as demandas também está a quitação de créditos do governo relativos ao período, de quase
R$ 300 milhões.
Agora, o nível de dano à pista é que ditará o montante necessário de socorro por parte da União e o tempo que pode levar à reativação do terminal. A Fraport chegou a projetar que há chance de reabrir em dezembro, mas não deixa de reforçar que o fechamento é por prazo indeterminado.
 

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