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Publicada em 06 de Junho de 2024 às 18:41

O 12º mês consecutivo de recorde de calor no mundo

Editorial

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Temperaturas mais elevadas, tempestades mais severas e aumento da seca. Como consequência, o mundo presencia as calotas polares derreterem, as águas dos oceanos aquecerem e aumentarem de nível. São ocorrências que têm colocado em risco um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo. O fato é que o tema da proteção ambiental enfrenta ainda dificuldades do negacionismo, retardamento das medidas políticas e da necessidade de atuação global nessa matéria.
Temperaturas mais elevadas, tempestades mais severas e aumento da seca. Como consequência, o mundo presencia as calotas polares derreterem, as águas dos oceanos aquecerem e aumentarem de nível. São ocorrências que têm colocado em risco um número cada vez maior de pessoas em todo o mundo. O fato é que o tema da proteção ambiental enfrenta ainda dificuldades do negacionismo, retardamento das medidas políticas e da necessidade de atuação global nessa matéria.
Eventos climáticos extremos como seca na Amazônia, inundação no Rio Grande do Sul e queimadas em diferentes partes do planeta se apresentam como um trágico alerta de que não é mais possível fechar os olhos para a degradação de ecossistemas.
Mesmo os céticos quanto às mudanças climáticas ou ao aquecimento global pela mão do homem, não podem negar que o planeta de fato está mais quente. Maio de 2024 foi o 12° mês consecutivo de recordes de calor na Terra, segundo dados do observatório europeu Copernicus, divulgados em 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.
É inegável que os fenômenos El Niño e La Niña causam variações de temperatura. No entanto, estão associados a ciclos naturais. Por outro lado, o acúmulo de gases de efeito estufa continua empurrando a temperatura global a novos recordes.
Outro dado alarmante é que o limite de 1,5°C de aumento na temperatura média na Terra, estabelecido por cientistas para evitar os efeitos mais nocivos das mudanças climáticas, tem 80% de chances de ser ultrapassado, mesmo que de forma temporária, em pelo menos um dos anos até 2028.
Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei - a tramitação acelerada após o início da tragédia socioclimática no RS - que estabelece que as políticas públicas e de desenvolvimento econômico e social, nas esferas federais, estaduais e municipais, devem passar a contemplar os riscos climáticos.
A proposta, claramente, é capaz de contribuir com a melhoria na qualidade de vida da população. O entrave é a implementação das diretrizes, uma vez que muitas das legislações aprovadas não saem do papel e acabam se tornando exemplo de uma atuação sem compromisso com a realidade.
Mais do que leis definindo como reduzir a vulnerabilidade dos sistemas ambiental, social e econômico, é impreterível correr atrás dos prejuízos sob pena de chegarmos em um nível de aquecimento do planeta sem volta, como vem alertando há anos a ONU e outras organizações no mundo.
 

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