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Publicada em 14 de Maio de 2024 às 01:25

Solidariedade e resiliência em um RS tomado pelas águas

Editorial

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O Rio Grande do Sul continua em alerta máximo para as enchentes devido à elevação de rios, lagos e lagoas que, em muitos locais, podem ultrapassar as marcas registradas na última semana. Com a possibilidade de agravamento das cheias, é essencial, neste momento, que moradores de áreas próximas às atingidas fiquem atentos às recomendações da Defesa Civil e outros órgãos que trabalham com prevenção. E, o mais importante: que as sigam.
O Rio Grande do Sul continua em alerta máximo para as enchentes devido à elevação de rios, lagos e lagoas que, em muitos locais, podem ultrapassar as marcas registradas na última semana. Com a possibilidade de agravamento das cheias, é essencial, neste momento, que moradores de áreas próximas às atingidas fiquem atentos às recomendações da Defesa Civil e outros órgãos que trabalham com prevenção. E, o mais importante: que as sigam.
Na Região Metropolitana, áreas onde a água já havia baixado voltaram a subir, a exemplo do lago Guaíba, que nesta segunda-feira voltou a passar da marca de 5 metros depois de descer mais de 60 cm nos últimos dias. A preocupação para os próximos dias ainda é agravada pelo aumento dos ventos e pela iminente queda de temperatura.
Entre as regiões com risco de inundação severa estão os vales do Taquari e do Caí. Por isso, quem mora em regiões próximas ou em áreas com histórico de alagamentos ou inundações deve sair com antecedência, de forma ordenada, buscando um local seguro para permanecer.
O Estado tem 2,1 milhões de pessoas atingidas pelas enchentes. Mais de meio milhão estão fora de casa, sendo que 80 mil vivem temporariamente em abrigos. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) estima que 101 mil casas foram destruídas ou danificadas pelas fortes chuvas que há dias assolam o Rio Grande do Sul - 92,6 mil estão danificadas e outras 8,4 mil, destruídas. Serão necessários bilhões somente para o setor de habitação.
Obviamente, os esforços neste momento ainda estão voltados aos resgates e ao acolhimento das famílias afetadas. E mesmo que o discurso para aqueles que perderam tudo seja de que a vida vale mais, o desgaste físico, emocional e psicológico pelo qual passam é impossível de ser mensurado.
Nesse contexto, é preciso ressaltar o trabalho de voluntários de Norte a Sul do Estado que se mobilizam em uma corrente de solidariedade nunca vista antes no RS. São pessoas que hoje, talvez, não tenham a real dimensão do papel que vêm desempenhando na vida de quem, agora, vive em um abrigo. Uma doação física que deve ser reconhecida como essencial para enfrentar o desafio da enchente.
Para aqueles que na tragédia climática perderam amigos e parentes, suas casas e seus bens, é preciso não perder a esperança. Esperança por reconstruir, refazer sua história. As imagens de resgates e ajuda ao próximo mostram que o gaúcho não apenas é solidário, como também é resiliente.

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