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Publicada em 08 de Maio de 2024 às 20:21

A união de esforços pela reconstrução do Rio Grande do Sul

Editorial

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ARTE/JC
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A atual situação instalada no Rio Grande do Sul, com a maior tragédia climática da história, requer que todos os esforços sejam canalizados para o resgate de pessoas e a reconstrução de infraestruturas destruídas. Isso permitirá que o Estado volte a girar as engrenagens de diferentes setores e preste auxílios de forma mais efetiva.
A atual situação instalada no Rio Grande do Sul, com a maior tragédia climática da história, requer que todos os esforços sejam canalizados para o resgate de pessoas e a reconstrução de infraestruturas destruídas. Isso permitirá que o Estado volte a girar as engrenagens de diferentes setores e preste auxílios de forma mais efetiva.
Além das irrecuperáveis perdas humanas, a situação de calamidade pública afeta mais de 70% dos municípios. O valor necessário para reconstruir o Estado após as enchentes ainda é incalculável. São pontes, viadutos, rodovias com trechos totalmente destruídos e outros obstruídos, perdas na agricultura, indústria e comércio. Milhares de pessoas perderam suas casas, escolas e postos de saúde não possuem condições de voltar a operar; cidades inteiras que, mesmo após as águas baixarem, não têm a menor condição de oferecer qualquer serviço público à população.
É essencial a união das esferas do poder público e da sociedade civil para enfrentar o momento. Nesse sentido, é acertada tanto a decisão da União de suspender as parcelas do pagamento da dívida do Estado, quanto os anúncios do governo estadual de suspender as cobrança de dívida de pessoas, empresas e municípios por 90 dias, além de aplicar, de imediato, R$ 200 milhões em recursos próprios do Tesouro para ações em resposta à calamidade.
Obviamente, não será da noite para o dia que o RS será reconstruído e a população mais atingida voltará a ter condições de viver com dignidade. As ações necessárias vão demorar e custarão caro. O ciclone no Vale do Taquari, em setembro passado, por exemplo, causou mais de R$ 3 bilhões em prejuízos financeiros.
Dentro do cenário classificado como de guerra por muitas das pessoas que atuam na linha de frente de assistência e salvamentos dos atingidos, o governador Eduardo Leite disse que o RS precisará de um "Plano Marshall" para ser reconstruído - em referência ao plano subsidiado com dinheiro dos EUA para a recuperação econômica de potências europeias no período pós Segunda Guerra Mundial.
O Rio Grande do Sul estará isento de cumprir as exigências do pagamento da dívida com a União, com a suspensão das parcelas do débito. São R$ 3 bilhões a menos de gastos em 2024 para o Estado.
A medida da União é um primeiro e importante passo para o Estado se reerguer. O segundo será canalizar de forma ordenada e com uma aplicação célere os recursos que chegam de todos os cantos do Brasil e do mundo.
 

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