Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 06 de Maio de 2024 às 19:47

Assistência e reconstrução na maior tragédia do RS

ARTE/JC
Compartilhe:
JC
JC
A solidariedade que toma conta do Rio Grande do Sul, após a pior tragédia climática da história, é emocionante. São milhares de voluntários espalhados por pontos de coleta, outros tantos atuando em salvamentos, emprestando recursos como barcos e jet-skis, famílias tirando colchões de suas próprias casas para que aqueles que perderam tudo tenham um local para dormir em um dos abrigos montados nas cidades atingidas.
A solidariedade que toma conta do Rio Grande do Sul, após a pior tragédia climática da história, é emocionante. São milhares de voluntários espalhados por pontos de coleta, outros tantos atuando em salvamentos, emprestando recursos como barcos e jet-skis, famílias tirando colchões de suas próprias casas para que aqueles que perderam tudo tenham um local para dormir em um dos abrigos montados nas cidades atingidas.
Toda ajuda é bem-vinda. É necessário, também, ficar atento às determinações municipais e segui-las. Falta água para mais de 880 mil clientes e luz em 435 mil pontos do Estado.
A cheia que inunda Porto Alegre ainda levará dias para retornar a patamares seguros. Por isso, é fundamental que os moradores racionem água diante da previsão de que as casas de bombas só voltem a funcionar dentro de 10 dias.
Cuidar dos abrigados e focar no restabelecimento das cidades são os focos no momento. Porém, em um cenário a longo prazo, será essencial uma confluência para reconstruir a infraestrutura atingida. Com muitos locais sem acesso por terra, as medidas devem ser rápidas e urgentes, com soluções excepcionais e atípicas, que driblem restrições legais de tempos comuns.
A discussão sobre liberação de emendas parlamentares deve ser uma das prioridades, assim como as políticas dos ministérios e o direcionamento de recursos das comissões permanentes do Congresso, sem que divergências ideológicas, partidárias e políticas influenciem qualquer tomada de decisão.
Para isso, a União, o Estado e os municípios precisarão de uma convergência nunca antes vista no Brasil, com foco em assistência, restabelecimento, reconstrução e prevenção. Entre as medidas práticas, é essencial o oferecimento de benefícios para pessoas em situação de pobreza, o cofinanciamento da assistência social e o custeio extraordinário em saúde.
Cálculo do Ministério dos Transportes indica que, somente para tornar as rodovias do RS operantes, serão precisos quase R$ 1 bilhão. O presidente da República afirmou que a burocracia - um dos grandes problemas que emperram o desenvolvimento do Brasil - não impedirá as ações.
O Rio Grande do Sul possui uma das maiores dívidas com a União, o que emperra a dispensação de recursos. Acertadamente, o governador Eduardo Leite cobrou que o pagamento mensal das parcelas seja suspenso enquanto durar a reconstrução dos danos causados pelas chuvas, bem como que o Congresso se articule para analisar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que crie um "orçamento de guerra" para reconstruir o Estado.
 

Notícias relacionadas