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Publicada em 19 de Abril de 2024 às 01:25

Estado desponta no mapa da energia solar brasileira

Editorial

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O Brasil possui recursos para liderar, em nível mundial, uma transição energética limpa. Hoje, as fontes renováveis já compreendem mais de 80% de toda a matriz elétrica. Além do vento para a geração eólica, dispõe de uma grande incidência solar durante os 12 meses do ano - mais de 3,5 milhões de unidades consumidoras já são atendidas pela tecnologia fotovoltaica -, quesitos que o Rio Grande do Sul tem despontado.
O Brasil possui recursos para liderar, em nível mundial, uma transição energética limpa. Hoje, as fontes renováveis já compreendem mais de 80% de toda a matriz elétrica. Além do vento para a geração eólica, dispõe de uma grande incidência solar durante os 12 meses do ano - mais de 3,5 milhões de unidades consumidoras já são atendidas pela tecnologia fotovoltaica -, quesitos que o Rio Grande do Sul tem despontado.
Dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o Estado é o terceiro com maior potência instalada de energia solar na geração própria em telhados e pequenos terrenos. São sistemas em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos - cerca de 3 gigawatts (GW) em operação - que respondem por 10,1% de toda a potência instalada de energia solar na modalidade.
Somente as unidades consumidoras residenciais com placas solares nos telhados são 2 milhões no País, um investimento em torno de R$ 70,3 bilhões, desde 2012. Os estados líderes são São Paulo, com 385,3 mil casas com placas solares, Rio Grande do Sul (303,1 mil), e Minas Gerais (291,8 mil).
Recentemente, a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura lançou uma plataforma para que a população e também o setor elétrico tenha conhecimento sobre a evolução na produção de energia solar em território gaúcho.
No Painel da Geração Distribuída Fotovoltaica, é possível acessar um mapa interativo que informa qual a potência instalada de cada município gaúcho, discriminando-a conforme o porte das respectivas regiões. Também está disponível o número de instalações, a quantidade de unidades consumidoras atendidas e a apresentação das classes de consumo divididas em sete categorias: residencial, industrial, comercial, rural, poder público, serviço público e iluminação pública.
O Brasil possui atualmente uma série de incentivos fiscais para energia limpa nos três níveis de governo. Em nível estadual, um dos mais importantes é a isenção de ICMS para a aquisição de equipamentos e componentes para aproveitamento de energia solar e eólica, como turbinas, aquecedores solares e geradores fotovoltaicos, ou seja, uma desoneração a fim de que se invista em infraestrutura.
Mais do que números, os dados indicam que investimentos públicos e privados refletem a capacidade do Brasil em produzir energia limpa. Nesse sentido, o País se alinha ao compromisso assumido na COP-28, no ano passado, em Dubai, de triplicar o uso de energias renováveis no mundo e de duplicar a eficiência energética até 2030.

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