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Editorial

Editorial

- Publicada em 19 de Novembro de 2023 às 19:44

Enogastronomia impulsiona a economia gaúcha


JC
O Rio Grande do Sul segue hegemônico na produção nacional de vinhos e espumantes. Além do clima e solo propícios, a evolução constante da qualidade no método de elaboração, tanto no campo, quanto na vinícola, resultam em produtos de destaque, que, aliados à gastronomia, colocam a região mais ao Sul do Brasil em evidência internacional.
O Rio Grande do Sul segue hegemônico na produção nacional de vinhos e espumantes. Além do clima e solo propícios, a evolução constante da qualidade no método de elaboração, tanto no campo, quanto na vinícola, resultam em produtos de destaque, que, aliados à gastronomia, colocam a região mais ao Sul do Brasil em evidência internacional.
Bento Gonçalves, conforme dados Secretaria Estadual da Agricultura, é o município com o maior volume de vinhos finos produzidos no Estado, com 20 milhões de litros em 2023. Farroupilha vem logo atrás.
Flores da Cunha lidera quando o assunto é vinhos de mesa, com 86,3 milhões de litros engarrafados, também seguido por Farroupilha. Os três municípios da Serra dividem o protagonismo entre os maiores produtores de uvas de mesa e para a indústria em solo gaúcho.
Neste ano, o RS colheu 99,7 milhões de quilos de uvas para a fabricação de vinho. Já a soma de todos os tipos de uva chegou a 664,9 milhões de quilos, que resultaram em 216,1 milhões de litros de vinho, 38,2 milhões de litros de suco de uva e 13,7 milhões de litros de espumantes. A Serra responde por pelo menos 85% dessa produção, e o RS por 90% da produção nacional destinada ao processamento de vinhos, sucos e espumantes.
É interessante observar que, apesar da adoção de tecnologias modernas, muitas vinícolas ainda valorizam métodos tradicionais e artesanais em certos casos, especialmente para a produção de vinhos premium ou de pequenas safras. A combinação de tradição e inovação tem se mostrado uma característica marcante da indústria vinícola.
E essa tradição alavanca também o turismo. O Vale dos Vinhedos é, hoje, uma das regiões mais importantes para o enoturismo no Brasil. Lá, os visitantes podem explorar vinícolas, degustar vinhos, conhecer o processo de produção, participar de cursos e eventos relacionados ao vinho, além de desfrutar da gastronomia local. O segmento turístico é uma oportunidade de criar conexão entre a marca e o público e de traduzir a história envasada em cada garrafa.
Outras regiões também têm aderido ao enoturismo. Isso inclui a Campanha Gaúcha, região de fronteira com o Uruguai, cujos vinhos vêm ganhando destaque, assim como a Fronteira Oeste e o Médio Alto Uruguai.
Fatores econômicos, de logística, tributários, além da percepção da qualidade, do preço justo, o surgimento de novas regiões produtoras, o desenvolvimento do enoturismo e a própria mudança de hábitos com a valorização da produção local vêm contribuindo para o ganho de competitividade.