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Editorial

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- Publicada em 12 de Junho de 2023 às 00:25

Desemprego é puxado por jovens de 18 a 24 anos em 2023

A falta de experiência e as habilidades necessárias são, hoje, o principal entrave para a entrada de jovens de 18 a 24 anos no mercado de trabalho. Em 2022, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de desempregados nessa faixa etária chegou a 16,4%, enquanto entre a população em geral ficou em 9,3%. Em 2023, a situação continua preocupante. No primeiro trimestre, o aumento da desocupação foi puxado pelos mais jovens. A taxa de desemprego na faixa etária subiu para 18%.
A falta de experiência e as habilidades necessárias são, hoje, o principal entrave para a entrada de jovens de 18 a 24 anos no mercado de trabalho. Em 2022, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de desempregados nessa faixa etária chegou a 16,4%, enquanto entre a população em geral ficou em 9,3%. Em 2023, a situação continua preocupante. No primeiro trimestre, o aumento da desocupação foi puxado pelos mais jovens. A taxa de desemprego na faixa etária subiu para 18%.
Um dos principais obstáculos para a inclusão desses jovens no mercado é a falta de cursos de qualificação profissional e técnica. O estudo Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras ouviu 34 entidades que atuam na inclusão produtiva. Para 67,6%, faltam oportunidades de qualificação, e 58,8% acreditam que os cursos disponíveis não estão sintonizados com as vagas de trabalho existentes. Ou seja, não está havendo uma adaptação das formações ao que o mercado precisa, como a áreas ligadas à economia verde, alimentação, construção civil, mecânica e Tecnologia da Informação que, atualmente, têm dificuldades em preencher vagas.
O jovem que procura por uma colocação também precisa estar aberto a diferentes oportunidades e disposto a trabalhar duro. Faltam a muitos postura para trabalhar em empresas - frise-se aqui comportamento adequado - e persistência diante de obstáculos. A geração Z, nascida entre os anos 1995 a 2010 - obviamente há exceções -, tem mais dificuldades para lidar com críticas, mesmo que construtivas.
Por outro lado, ter uma boa formação não significa encontrar um emprego que corresponda às habilidades adquiridas, principalmente no atual cenário. Em geral, o mercado para os jovens é precário, oferece baixos salários e poucos benefícios, mas há alternativas com baixo ou nenhum custo para se qualificar, como cursos gratuitos na internet nas mais diferentes áreas.
Outros dados são um alerta para desigualdades sociais. Mais de 35% dos brasileiros entre 18 e 24 anos, além de não trabalhar, não estudam, segundo levantamento de 2022 da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O País fica atrás apenas da África do Sul. Já a Unicef, em pesquisa em 92 países, incluindo o Brasil, apontou que quase três quartos dos jovens de 15 a 24 anos estão fora do caminho para adquirir as habilidades necessárias para o trabalho.
Por outro lado, é preciso rever a lógica de exigir experiência prévia. Muitos jovens procuram o primeiro emprego, para isso, é preciso ter uma porta de entrada.