Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Editorial

Editorial

Editorial

- Publicada em 23 de Maio de 2023 às 20:07

Hidrovia entre Brasil e Uruguai é um sonho de décadas

Um sonho de décadas para gaúchos e uruguaios pode começar a se concretizar em setembro com a licitação da dragagem da hidrovia Brasil-Uruguai. Caso os planos do Ministério de Portos e Aeroportos sigam como esperado, as obras que viabilizarão a hidrovia do Mercosul devem sair do papel no início do próximo ano. A expectativa é que o empreendimento, que permitirá a conexão entre as lagoas Mirim e dos Patos, possa estar operacional, pelo menos de forma parcial, ainda em 2024.
Um sonho de décadas para gaúchos e uruguaios pode começar a se concretizar em setembro com a licitação da dragagem da hidrovia Brasil-Uruguai. Caso os planos do Ministério de Portos e Aeroportos sigam como esperado, as obras que viabilizarão a hidrovia do Mercosul devem sair do papel no início do próximo ano. A expectativa é que o empreendimento, que permitirá a conexão entre as lagoas Mirim e dos Patos, possa estar operacional, pelo menos de forma parcial, ainda em 2024.
O estabelecimento dessa moderna rota de transporte hidroviário não é importante apenas para o RS. O tráfego aquático é um eixo fundamental para o intercâmbio comercial entre Brasil e Uruguai. Além disso, ajudaria a desobstruir a saturada malha rodoviária na região, abrindo uma importante alternativa para o fluxo de exportações e importações, essencial para incentivar o desenvolvimento econômico da metade sul.
Outra boa notícia para o setor portuário é que a batimetria das vias fluviais do Interior gaúcho deve ser concluída no próximo mês. A desobstrução de cerca de 300 quilômetros de vias fluviais internas irá facilitar a chegada e saída de embarcações em portos como os de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre.
Da mesma forma, estão previstos leilões de três áreas portuárias no Estado, por meio da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, sendo dois deles em Porto Alegre e um em Rio Grande. Na Capital, as áreas ficam no Cais Navegantes.
O orçamento para a hidrovia Brasil-Uruguai - as verbas são do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas a ideia é que a gestão e manutenção seja feita pela iniciativa privada - ainda não está fechado, pois depende das soluções técnicas que serão adotadas. Para viabilizar a obra, serão dragados trechos de canais como o Sangradouro e o São Gonçalo. Além disso, ainda há questões técnicas relacionadas à batimetria que precisam ser resolvidas.
Projeções preliminares indicam uma redução expressiva dos custos logísticos, especialmente para o transporte de soja, trigo, cevada, fertilizantes e tabaco. Também há o fator geração de emprego e renda, que pode ajudar a evitar a migração de mão de obra do Interior com a criação de vagas relacionadas a atividades portuárias e ao turismo.
A Costa Doce gaúcha e suas cidades históricas, região que está conquistando espaço pela diversidade de atrativos e se destacando no turismo na região sul, também deve ser diretamente beneficiada com a hidrovia, pois ficará mais acessível a turistas do Uruguai, Argentina e outros locais do RS.