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Editorial

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- Publicada em 22 de Maio de 2023 às 19:58

Gripe aviária coloca o Ministério da Agricultura em alerta

A primeira morte por gripe aviária no mundo foi confirmada na China em março. O vírus H5N1 é conhecido desde 1996, quando foi detectado na China e em Hong Kong. Agora, mais de 25 anos depois de descoberto, o temor é que a gripe se transforme em uma nova pandemia, como a causada pelo vírus influenza A (H1N1), há quase 15 anos, ou, pior, nos moldes da Covid-19, que parou o mundo a partir de março de 2020.
A primeira morte por gripe aviária no mundo foi confirmada na China em março. O vírus H5N1 é conhecido desde 1996, quando foi detectado na China e em Hong Kong. Agora, mais de 25 anos depois de descoberto, o temor é que a gripe se transforme em uma nova pandemia, como a causada pelo vírus influenza A (H1N1), há quase 15 anos, ou, pior, nos moldes da Covid-19, que parou o mundo a partir de março de 2020.
Atualmente, o mundo vive o pico do vírus H5N1 de alta patogenicidade e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves domésticas ou de produção. Estimativa da Organização Mundial para a Saúde Animal indica a ocorrência de mais de 42 milhões de casos de infecção, com a morte de 15 milhões de aves domésticas desde outubro de 2021 - outras 193 milhões precisaram ser sacrificadas.
Diante da situação, a comunidade científica defende que uma nova epidemia global não é uma questão de "se", mas de "quando" ocorrerá. Por isso, é preciso um esforço conjunto entre os responsáveis pela saúde nos países para criar uma estratégia de combate a epidemias que tenham potencial de afetar a saúde e a economia das nações. Se o vírus começar a ser transmitido de pessoa para pessoa - a transmissão ave-humano ainda é rara de ocorrer -, a doença tem potencial para se tornar ainda mais grave que o coronavírus.
O que tem chamado a atenção de cientistas, além do alto número de aves afetadas nos últimos dois anos, é a quantidade de mamíferos detectados com o vírus - ursos, raposas, gambás, focas, golfinhos e leões marinhos, entre outros. A boa notícia é que, ao contrário do que ocorreu durante a Covid-19, quando não se tinha tratamento nem vacinas, para a influenza aviária os imunizantes já estão em desenvolvimento.
No Brasil, os primeiros casos de infecção em animais silvestres foram confirmados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no dia 15 de maio. Na América do Sul, focos da doença também já foram identificados na Colômbia, no Equador, na Venezuela, no Peru, no Chile, na Bolívia, no Uruguai e na Argentina.
Segundo o ministério, as cinco aves contaminadas no País são migratórias e não fazem parte do sistema industrial. Isso significa que os frangos e os ovos disponíveis não foram impactados e que a situação não compromete a condição do Brasil como país livre do vírus. Assim, as demais nações não devem impor restrições ao comércio de produtos do Brasil. O ministério tem intensificado as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres e colocou em alerta os serviços veterinários oficiais.