A pandemia de Covid-19 chegou ao fim no dia 6 de maio com a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o encerramento da emergência sanitária. Isso significa que os surtos da doença já são considerados mais controlados e previsíveis, principalmente por causa da vacinação. E é justamente a procura pela imunização que preocupa a área da saúde no Rio Grande do Sul no momento.
No fim de abril, o Ministério da Saúde anunciou que toda população maior de 18 anos - respeitando um intervalo de quatro meses da última dose recebida - já poderia receber a vacina bivalente, entretanto, a procura está abaixo do esperado no Estado.
É verdade que o cenário da pandemia mudou completamente. Em março de 2020 era uma doença mortal e, agora, os sintomas se assemelham a um resfriado, com poucas mortes. Hoje, também se conhece mais sobre a doença e há diversas medicações para o tratamento, além da vacinação, que cria uma imunidade de rebanho. Esses fatores fazem com que a população se preocupe menos com a doença e não procure as vacinas, já que não estão com tanto medo do vírus.
A doença, no entanto, continua a fazer vítimas. Em abril, o RS registrou 101 óbitos pela Covid-19. Neste mês de maio, até ontem, já eram 14 mortes. Diante disso, o cuidado mais importante é a vacinação. Ir além do esquema básico de imunização, com duas doses, é indispensável para a proteção contra a variante Ômicron e suas derivadas, que dominam o cenário epidemiológico desde o ano passado. Por isso, a bivalente é importante.
No caso das epidemias de gripe, por exemplo, a mutação é elevada, por isso há necessidade de se fazer uma atualização da vacina anualmente. Um calendário definitivo de imunização contra o vírus da Covid-19, porém, ainda não está estabelecido. Então é possível que para os próximos anos, o Brasil adote campanhas com vacinas baseadas na cepa que circulou no ano anterior.
Sobre uma evolução futura da Covid-19, médicos com atuação na área acreditam que a doença deve, justamente, migrar em direção a uma infecção respiratória endêmica de menor impacto na população e com a possibilidade de apresentar mais casos nos meses frios, uma vez que o comportamento da Covid está semelhante ao da Influenza.
Diante do cenário, é importante que todo mundo faça sua parte, tenha consciência do coletivo e, principalmente, tome as vacinas, porque elas mostraram que foram cruciais para que a OMS decretasse o fim da pandemia. Sem as vacinas, a situação no mundo seria muito mais grave.


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