Depois que a Rússia invadiu a Ucrânia ocorreu uma condenação forte em diversos países. No entanto, a China manteve-se neutra. Porém, os presidentes Xi Jinping e Vladimir Putin tiveram reunião em Moscou, quando um plano de paz chinês para a Ucrânia foi bem recebido no Kremlin.
Tendo em vista as preocupações anteriores, pois apoio militar chinês pioraria a tensão por conta da guerra da Ucrânia, a notícia foi bem recebida. Após sanções ocidentais mais duras contra a Rússia pela guerra na Ucrânia no ano passado, a China ajudou a fornecer produtos que a Rússia comprava de países aliados ocidentais, incluindo chips de computador, smartphones e matérias-primas necessárias para equipamentos militares. Por isso, o comércio total entre a Rússia e a China aumentou 34% no ano passado.
Antes da declaração sobre o plano de paz apresentado pelo presidente chinês, a reunião foi observada por autoridades ocidentais em busca de qualquer indicação de até onde a China poderia estar disposta a ir para atuar como mediadora no conflito - o que ocorreu, felizmente - ou apoiadora da Rússia.
As autoridades chinesas classificaram a reunião em Moscou como uma missão para promover conversas construtivas entre a Rússia e a Ucrânia, embora as autoridades dos EUA tenham se mostrado céticas em relação aos esforços de Xi para se tornar um pacificador global. Mas, como China e Rússia não são aliados formais, não se comprometeram a se defender com apoio militar.
Em Moscou, o presidente mandarim afirmou que o relacionamento atual está em uma alta histórica. A parceria é alimentada por um objetivo comum de tentar enfraquecer o poder e a influência dos EUA no mundo.
Com o embarque, domingo, do presidente Lula da Silva e comitiva - cerca de 200 empresários, sendo 90 do agronegócio- e parlamentares a Pequim, espera-se, com expectativa otimista, que a relação comercial e os laços diplomáticos e comerciais entre Brasília e Pequim sejam fortalecidos. Há mais de uma década a China é o maior parceiro comercial do Brasil, sendo que das 27 unidades da Federação, 14 têm o país asiático como seu principal destino das exportações.
Lideram as importações chinesas no Brasil os produtos do agronegócio como soja, carnes, produtos florestais, complexo sucroalcooleiro e fibras e produtos têxteis, que em 2022 totalizaram US$ 58,8 bilhões, ou R$ 306 bilhões.
Nesta quinta-feira, a China liberou a compra de carne bovina do Brasil. É do nosso maior interesse o comércio bilateral, aumentando a já superavitária balança comercial do Brasil em 2023.


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