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Editorial

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- Publicada em 26 de Janeiro de 2023 às 21:01

Endividamento recorde gera preocupação no Brasil

Roberto Brenol Andrade
O endividamento das famílias chegou a um patamar inédito no Brasil em 2022. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,9% dos consumidores fecharam o ano com alguma dívida a vencer - o quarto recorde consecutivo. O valor representa um aumento de 7%em relação a 2021, quando a taxa foi de 70,9%. Analistas indicam que o cenário atual é reflexo do aumento do endividamento das famílias na pandemia, dívidas caras num período de inflação alta e taxa de juros elevada.
O endividamento das famílias chegou a um patamar inédito no Brasil em 2022. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,9% dos consumidores fecharam o ano com alguma dívida a vencer - o quarto recorde consecutivo. O valor representa um aumento de 7%em relação a 2021, quando a taxa foi de 70,9%. Analistas indicam que o cenário atual é reflexo do aumento do endividamento das famílias na pandemia, dívidas caras num período de inflação alta e taxa de juros elevada.
Os dados integram a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), que consultou cerca de 18 mil pessoas em todas as capitais do Brasil e Distrito Federal. O levantamento usa o mesmo conceito de dívida do Banco Central, que considera todos os valores a vencer contratados com instituições financeiras - cartão de crédito, cheque especial e carnê de loja, por exemplo. Os dados, portanto, não necessariamente significam que as contas estejam atrasadas. A série histórica mostra como a crise sanitária mudou a tendência que vinha se desenhando no Brasil.
Antes, o endividamento seguia tendência de queda, especialmente entre os mais pobres. Felizmente, o não pagamento diminuiu, registrando, em dezembro passado a primeira queda depois de 11 meses de alta, por conta do 13º salário, dos empregos sazonais de fim de ano e das negociações realizadas no Feirão Limpa Nome que contribuíram para estancar o endividamento, com uma queda de 405 mil pessoas em relação aos números de novembro. Mulheres são a maioria das pessoas endividadas, com até 35 anos, ensino médio incompleto, renda de até dez saláriose que moram nas regiões Sul e Sudeste. Outro problema revelado pela pesquisa é a quantidade de pessoas com nível muito elevado de contas a pagar. Nunca antes tantas pessoas (17,6%) disseram estar superendividadas e com grandecomprometimentoda renda.
Na média, a cada R$ 1.000,00 recebidos, o brasileiro gastou R$ 302,00 com o pagamento de dívidas. No entanto, um a cada cinco consumidores (21,5%) precisou usar mais da metade da renda para arcar com as obrigações financeiras.
A consequência disso é um constrangimento no crescimento econômico do Brasil. Em razão do problema, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que pretende lançar um programa para tratar do assunto.
Ações de renegociação de dívidas são fundamentais para estancar a angústia dos brasileiros endividados, sendo que só com juros mais baixos será possível atenuá-la.
 
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