Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Editorial

- Publicada em 19 de Julho de 2021 às 03:00

Os trágicos incêndios na história do Rio Grande do Sul

O incêndio devastador na Secretaria Estadual de Segurança Pública, com dois bombeiros desaparecidos, lembra tragédias causadas pelo fogo que continuam na memória. A maior até hoje foi a da Boate Kiss, na qual morreram 242 pessoas, em Santa Maria, na madrugada de 27 de janeiro de 2013. É considerada a segunda maior tragédia no Brasil em número de vítimas, superada apenas pela queima do lotado Gran Circus Norte-Americano, num domingo de 1961, em Niterói (RJ), matando 503 pessoas, inclusive crianças.
O incêndio devastador na Secretaria Estadual de Segurança Pública, com dois bombeiros desaparecidos, lembra tragédias causadas pelo fogo que continuam na memória. A maior até hoje foi a da Boate Kiss, na qual morreram 242 pessoas, em Santa Maria, na madrugada de 27 de janeiro de 2013. É considerada a segunda maior tragédia no Brasil em número de vítimas, superada apenas pela queima do lotado Gran Circus Norte-Americano, num domingo de 1961, em Niterói (RJ), matando 503 pessoas, inclusive crianças.
Outro evento marcante, este no Centro de Porto Alegre, foi incêndio nas Lojas Renner, em 27 de abril de 1976, quando 41 pessoas morreram.
A capital gaúcha também tem um histórico de incêndios em prédios públicos. Em 1949, o Tribunal de Justiça (TJ-RS), prédio construído na época do Império, 1870, localizado na Praça da Matriz, no mesmo local da nova sede do Palácio da Justiça, queimou totalmente, com o fogo, na madrugada.
Teve ainda o prédio da Imprensa Oficial, em 1947, e a Repartição Central de Polícia (RCP), na rua Duque de Caxias, esquina da Marechal Floriano, ao lado do Colégio Sévigné, sinistro que destruiu milhares de inquéritos policiais e quase matou mais de 50 presos ali trancafiados. O incêndio da RCP aconteceu em um sábado, às 2 horas de 14 de janeiro de 1950, apenas 55 dias depois do acontecido com o Foro.
Foi mais um duríssimo golpe nos serviços de segurança pública do Estado e seria apontado como uma das causas do aumento da criminalidade registrado na Capital naquele ano. Processos de heranças familiares, partilhas de bens e muitos do Interior, em grau de apelação, acabaram destruídos.
A queima da biblioteca do Palácio da Justiça foi uma das consequências irreparáveis para a cultura do Estado, considerada uma das mais completas do País, com obras raras do Direito e muitas sentenças antigas lavradas em latim.
Finalmente, o Colégio Estadual Júlio de Castilhos, na João Pessoa, ao lado da Faculdade de Direito da Ufrgs, conhecido como "Julinho", também foi destruído pelo fogo, na madrugada de 16 de novembro de 1951. Esse incêndio teve suspeita de ação criminosa, algo jamais comprovado, como nos antes citados.
O Julinho foi, desde 1947, o quinto prédio público, contando com a Cooperativa dos Funcionários Públicos, a pegar foro. Em nenhum deles o inquérito policial apontou a autoria, nem se estabeleceu ligação direta entre os fatos.
Incêndios são uma marca trágica a ser superada e que acompanham a nossa história.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO