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Publicada em 13 de Novembro de 2025 às 18:37

Projeto eólico flutuante define localização na costa gaúcha

Embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, conheceu detalhes da iniciativa

Embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, conheceu detalhes da iniciativa

Divulgação Sindienergia-RS/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
O primeiro projeto de energia eólica offshore (no mar) flutuante do Brasil, chamado de Aura Sul, vem avançando etapas desde que o empreendimento teve firmada a carta de intenções, em meados deste ano, pelos participantes do consórcio que pretende desenvolver a ideia. A mais recente evolução foi a definição de onde será localizado o complexo: a cerca de 60 quilômetros da saída do Porto de Rio Grande, a uma lâmina d’água de 45 metros.
O primeiro projeto de energia eólica offshore (no mar) flutuante do Brasil, chamado de Aura Sul, vem avançando etapas desde que o empreendimento teve firmada a carta de intenções, em meados deste ano, pelos participantes do consórcio que pretende desenvolver a ideia. A mais recente evolução foi a definição de onde será localizado o complexo: a cerca de 60 quilômetros da saída do Porto de Rio Grande, a uma lâmina d’água de 45 metros.
Nesta quinta-feira (13), o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, esteve na sede do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), em Porto Alegre, para conhecer mais da iniciativa. O projeto conta com o envolvimento da empresa japonesa Japan Blue Energy Co. (JB Energy). Além dessa companhia e do Sindienergia-RS, quando a iniciativa foi divulgada em junho tinha ainda a participação da Ming Yang Smart Energy Group, Portos RS, Technomar Engenharia, Blue Aspirations Brazil, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e o apoio da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica).
A presidente do Sindienergia-RS, Daniela Cardeal, comenta que, desde aquele momento, mais três empresas ingressaram na iniciativa, mas por enquanto a dirigente prefere não revelar os nomes desses grupos. “Ainda está aberta (a participação de companhias no projeto) e queremos outras empresas, principalmente empresas para investirem”, frisa Daniela.
A capacidade da usina de energia renovável será de 18 MW (o que representa aproximadamente 1% da potência instalada gaúcha em energia eólica onshore - parques que ficam em terra). O investimento estimado para tirar do papel o complexo é de cerca de US$ 100 milhões.
O consultor da JB Energy (companhia que está trazendo a tecnologia para o País), Rodolfo Gonçalves, salienta que, depois de implementada, a plataforma flutuante será a maior do mundo em capacidade de geração de energia eólica. Ele assinala que o empreendimento já começou o rito para o licenciamento ambiental. “Conversamos com a Marinha, Ibama e Ministério de Minas e Energia”, salienta.
Os próximos passos da iniciativa, além da continuidade do processo de licenciamento ambiental, é trabalhar no projeto de engenharia, com a integração do casco da plataforma com a turbina eólica e a realização das medições meteorológicas. Gonçalves estima que, se tudo transcorrer bem, o empreendimento pode entrar em operação em 2029.
Ainda na área da energia eólica, a presidente do Sindienergia-RS revela o plano de trazer para o Rio Grande do Sul, entre os dias 8 e 10 dezembro, representantes de indústrias desse setor e do governo federal para observar as potencialidades do Estado nesse campo. Estão previstas agendas nos municípios de Porto Alegre e Rio Grande.

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