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Publicada em 12 de Novembro de 2025 às 19:47

Ibovespa interrompe ciclo de 15 altas seguidas

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Agências
Após 15 pregões em alta - 12 dos quais em recordes de fechamento consecutivos -, foi esboçada bem palidamente a aguardada realização de lucros na B3. O Ibovespa oscilou dos 156.559,71 até os 158.133,83 pontos, encerrando o dia em leve baixa de 0,07%, aos 157.632,90 pontos, com giro a R$ 48,2 bilhões, reforçado pelo vencimento de opções sobre o índice nesta quarta-feira. Na semana, o Ibovespa ainda avança 2,32%, com ganho no mês a 5,41%. No ano, tem alta de 31,05%.
Após 15 pregões em alta - 12 dos quais em recordes de fechamento consecutivos -, foi esboçada bem palidamente a aguardada realização de lucros na B3. O Ibovespa oscilou dos 156.559,71 até os 158.133,83 pontos, encerrando o dia em leve baixa de 0,07%, aos 157.632,90 pontos, com giro a
R$ 48,2 bilhões, reforçado pelo vencimento de opções sobre o índice nesta quarta-feira. Na semana, o Ibovespa ainda avança 2,32%, com ganho no mês a 5,41%. No ano, tem alta de 31,05%.
"Resumo do pregão é a palavra ajuste depois de uma sequência de 15 ganhos para o Ibovespa, a mais longa desde 1994, puxada pela correção de Petrobras, alinhada à forte queda do petróleo na sessão", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Petrobras ON e PN fecharam o dia, respectivamente, em baixa de 2,99% e de 2,56%, na contramão de Vale ON, que na véspera havia se descolado do movimento positivo do Ibovespa, em leve baixa de 0,26%, e na terça subiu 1,11%, amenizando a correção do índice da B3 nesta quarta.
Entre os maiores bancos, o dia foi negativo à exceção de Bradesco ON ( 0,24%), com destaque para Banco do Brasil (ON -2,85%), que na terça havia avançado 3% e nesta quarta cedeu antes da divulgação do balanço do terceiro trimestre, nesta noite. Na ponta ganhadora, Taesa ( 5,77%) na esteira do balanço do terceiro trimestre, à frente de CSN ( 5,05%) e de B3 ( 4,36%), esta também com resultados trimestrais. No lado oposto, CVC (-8,33%), outro papel já com a referência do balanço julho-setembro, além de PetroReconcavo (-5,08%) e Cosan (-4,04%).
"Finalmente veio uma pausa no Ibovespa, favorecida pela fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que não endossou a expectativa de corte de juros mais cedo em janeiro de 2026, que vinha sendo antecipado pelo mercado em especial após a ata da mais recente reunião do Copom e do IPCA de outubro, divulgados na terça. Corte da Selic deve ficar mesmo mais para o final do primeiro trimestre de 2026, o que contribui para o Ibovespa realizar lucros - e é saudável, considerando que subiu bastante", diz Gabriel Mollo, analista da Daycoval Corretora.
Até o fechamento de terça, no acumulado do ano - observam em relatório da XP o estrategista-chefe e head de Research, Fernando Ferreira; Raphael Figueredo e Felipe Veiga, estrategistas de ações, e Lucas Rosa, estrategista quantitativo -, o Ibovespa subia 31% em reais e 54% em dólar, superando com folga o EEM, ETF de mercados emergentes, em alta de 34% no mesmo intervalo. No período, o índice da B3 também apresentou desempenho ligeiramente melhor, em dólar, do que México ( 47%) e a América Latina ( 43%), aponta o levantamento da XP.
Após cinco pregões consecutivos de queda, em que acumulou desvalorização de 2,33%, o dólar encerrou a sessão em alta moderada, mas ainda abaixo de R$ 5,30. Operadores afirmam que houve um movimento de ajustes nos mercados domésticos, com provável saída de capital externo na bolsa, na esteira do tombo de cerca de 4% do petróleo, e desmonte de operações favoráveis ao real para realização de lucros. O real escorregou apesar do sinal predominante de queda da moeda americana no exterior, em especial na comparação com as divisas latino-americanas. Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY apresentava ligeira alta no fim do dia, na casa dos 99,500 pontos. Investidores monitoraram falas de dirigentes do Federal Reserve enquanto aguardam votação na Câmara dos Representantes dos EUA de projeto para pôr fim à paralisação parcial (shutdown) da máquina pública. Tirando uma queda pontual no início dos negócios, o dólar à vista trabalhou em terreno positivo ao longo do dia. Com máxima de 5,3028, à tarde, encerrou o pregão em alta de 0,38%, a R$ 5,2932. Na terça, a divisa fechou no menor nível desde 6 de junho de 2024. A moeda americana recua 1,62% em novembro, após alta de 1,08% em outubro. No ano, as perdas são de 14,3%
 

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