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Publicada em 30 de Outubro de 2025 às 18:44

Dólar fecha em alta de 0,40% com ajustes sobre próximos passos do Fed

No sétimo avanço seguido, acumulando alta de 3,23%, o Ibovespa fechou aos 148.780,22 pontos, avanço de 0,10%

No sétimo avanço seguido, acumulando alta de 3,23%, o Ibovespa fechou aos 148.780,22 pontos, avanço de 0,10%

ARTE/JC
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Agências
  O dólar apresentou alta firme em relação ao real nesta quinta-feira (30), em sintonia com o comportamento da moeda americana no exterior. Investidores promoveram ajustes nas apostas em torno do tamanho do afrouxamento monetário nos Estados Unidos, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmar na quarta-feira que um novo corte de juros em dezembro não está garantido.A sinalização de uma postura mais cautelosa do Fed daqui para frente, após duas reduções seguidas da taxa básica americana em 25 pontos-base, dominou as atenções do mercado, que deixou em segundo plano o anúncio de um entendimento comercial entre Estados Unidos e China, em grande parte já esperado.Com máxima de R$ 5,3955 e mínima de R$ 5,3700, o dólar à vista fechou em alta de 0,40%, a R$ 5,3812. Apesar disso, a divisa ainda perde 0,21% na semana. Em outubro, a moeda americana avança 1,09% em relação ao real, após recuo de 1,83% em setembro. Na sexta, ocorre a tradicional disputa pela formação da última taxa Ptax do mês, o que pode exacerbar a volatilidade.Para o gestor de fundos multimercados da AZ Quest, Eduardo Aun, as declarações de Powell na quarta, revelando divisão entre integrantes do Fed sobre eventual corte em dezembro, levou a uma "reprecificação" do alívio monetário nos EUA, o que jogou a curva de juros americana e o dólar para cima."Acho essa reprecificação justa. O mercado já estava dando como certo um novo corte de 25 pontos em dezembro. Powell deixou claro que vai depender de como os dados vierem. Até lá, o shutdown vai ter terminado e o Fed terá mais indicadores para avaliar", afirma Aun, ressaltando que o dólar se fortaleceu no exterior nas últimas semanas, sobretudo em relação a moedas de países desenvolvidos. "A comunicação do Fed acelerou um pouco esse processo, que atinge também alguns emergentes."Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, o índice DXY subia cerca de 0,30% no fim da tarde, ao redor dos 99,500 pontos, após máxima aos 99,724 pontos. O Dollar Index sobe quase 0,60% na semana e avança 1,7% em outubro. Destaque para as perdas de mais de 0,90% do iene, na esteira da decisão do Banco do Japão (BoJ) de manter os juros em 0,5% ao ano e de declarações amenas do presidente da instituição, Kazuo Ueda, de que é preciso ainda analisar os dados antes de eventual elevação dos juros.O Ibovespa perdeu o nível dos 149 mil pontos e reduziu alta após o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro mostrar uma criação de vagas maior do que a esperada, gerando dúvidas sobre quando o Banco Central (BC) deve começar a diminuir os juros - gatilho importante para a renda variável. Contudo, o índice conseguiu driblar a queda vista nas Bolsas de Nova York e renovou, pelo quarto pregão consecutivo, recorde de fechamento, respaldado pelo acordo sino-americano e a temporada de balanços.No sétimo avanço seguido, acumulando alta de 3,23%, o Ibovespa fechou aos 148.780,22 pontos (+0,10%) após oscilar dos 147 546,46 (-0,73%) aos 149.234,04 (+0,40%) pontos. O giro financeiro somou R$ 20,82 bilhões.A mínima da Bolsa ocorreu perto da abertura, quando parte do mercado embolsava lucros na esteira de um ambiente mais cauteloso do exterior. Contudo, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) com queda de 0,36% em outubro, mais intensa do que a mediana das estimativas, ajudou a fazer o mercado focar na expectativa de corte pela Selic.Ainda pela manhã, o Ibovespa renovou recorde histórico intradia aos 149,2 mil pontos. "O bom humor do mercado foi impulsionado pela divulgação do IGP-M abaixo do esperado, o que fez com que os investidores começassem a tomar risco, porque acreditam que com a inflação menor, há probabilidade de que o Banco Central adiante os cortes de juros para o final de dezembro deste ano, ou para o começo de janeiro do que vem", afirma o analista de investimentos da Daycoval Corretora, Gabriel Mollo.Contudo, à tarde o movimento perdeu força após o Caged mostrar criação de 213.002 postos. O maior gerador de vagas foi o setor de serviços, com um saldo de 106.606 postos formais de trabalho. A indústria registrou o segundo maior saldo, com 43.095 postos.Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 avançou de 13,835% no ajuste anterior a 13,925%. O DI para janeiro de 2028 aumentou de 13,161% no ajuste a 13,240%. O DI para janeiro de 2029 subiu de 13,121% no ajuste de ontem a 13,195%. O DI para janeiro de 2031 marcou 13,480%, vindo de 13,419% no ajuste da véspera.

 

O dólar apresentou alta firme em relação ao real nesta quinta-feira (30), em sintonia com o comportamento da moeda americana no exterior. Investidores promoveram ajustes nas apostas em torno do tamanho do afrouxamento monetário nos Estados Unidos, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, afirmar na quarta-feira que um novo corte de juros em dezembro não está garantido.

A sinalização de uma postura mais cautelosa do Fed daqui para frente, após duas reduções seguidas da taxa básica americana em 25 pontos-base, dominou as atenções do mercado, que deixou em segundo plano o anúncio de um entendimento comercial entre Estados Unidos e China, em grande parte já esperado.

Com máxima de R$ 5,3955 e mínima de R$ 5,3700, o dólar à vista fechou em alta de 0,40%, a R$ 5,3812. Apesar disso, a divisa ainda perde 0,21% na semana. Em outubro, a moeda americana avança 1,09% em relação ao real, após recuo de 1,83% em setembro. Na sexta, ocorre a tradicional disputa pela formação da última taxa Ptax do mês, o que pode exacerbar a volatilidade.

Para o gestor de fundos multimercados da AZ Quest, Eduardo Aun, as declarações de Powell na quarta, revelando divisão entre integrantes do Fed sobre eventual corte em dezembro, levou a uma "reprecificação" do alívio monetário nos EUA, o que jogou a curva de juros americana e o dólar para cima.

"Acho essa reprecificação justa. O mercado já estava dando como certo um novo corte de 25 pontos em dezembro. Powell deixou claro que vai depender de como os dados vierem. Até lá, o shutdown vai ter terminado e o Fed terá mais indicadores para avaliar", afirma Aun, ressaltando que o dólar se fortaleceu no exterior nas últimas semanas, sobretudo em relação a moedas de países desenvolvidos. "A comunicação do Fed acelerou um pouco esse processo, que atinge também alguns emergentes."

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, o índice DXY subia cerca de 0,30% no fim da tarde, ao redor dos 99,500 pontos, após máxima aos 99,724 pontos. O Dollar Index sobe quase 0,60% na semana e avança 1,7% em outubro. Destaque para as perdas de mais de 0,90% do iene, na esteira da decisão do Banco do Japão (BoJ) de manter os juros em 0,5% ao ano e de declarações amenas do presidente da instituição, Kazuo Ueda, de que é preciso ainda analisar os dados antes de eventual elevação dos juros.

O Ibovespa perdeu o nível dos 149 mil pontos e reduziu alta após o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de setembro mostrar uma criação de vagas maior do que a esperada, gerando dúvidas sobre quando o Banco Central (BC) deve começar a diminuir os juros - gatilho importante para a renda variável. Contudo, o índice conseguiu driblar a queda vista nas Bolsas de Nova York e renovou, pelo quarto pregão consecutivo, recorde de fechamento, respaldado pelo acordo sino-americano e a temporada de balanços.

No sétimo avanço seguido, acumulando alta de 3,23%, o Ibovespa fechou aos 148.780,22 pontos (+0,10%) após oscilar dos 147 546,46 (-0,73%) aos 149.234,04 (+0,40%) pontos. O giro financeiro somou R$ 20,82 bilhões.

A mínima da Bolsa ocorreu perto da abertura, quando parte do mercado embolsava lucros na esteira de um ambiente mais cauteloso do exterior. Contudo, o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) com queda de 0,36% em outubro, mais intensa do que a mediana das estimativas, ajudou a fazer o mercado focar na expectativa de corte pela Selic.

Ainda pela manhã, o Ibovespa renovou recorde histórico intradia aos 149,2 mil pontos. "O bom humor do mercado foi impulsionado pela divulgação do IGP-M abaixo do esperado, o que fez com que os investidores começassem a tomar risco, porque acreditam que com a inflação menor, há probabilidade de que o Banco Central adiante os cortes de juros para o final de dezembro deste ano, ou para o começo de janeiro do que vem", afirma o analista de investimentos da Daycoval Corretora, Gabriel Mollo.

Contudo, à tarde o movimento perdeu força após o Caged mostrar criação de 213.002 postos. O maior gerador de vagas foi o setor de serviços, com um saldo de 106.606 postos formais de trabalho. A indústria registrou o segundo maior saldo, com 43.095 postos.

Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 avançou de 13,835% no ajuste anterior a 13,925%. O DI para janeiro de 2028 aumentou de 13,161% no ajuste a 13,240%. O DI para janeiro de 2029 subiu de 13,121% no ajuste de ontem a 13,195%. O DI para janeiro de 2031 marcou 13,480%, vindo de 13,419% no ajuste da véspera.

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