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Publicada em 27 de Outubro de 2025 às 18:45

Ibovespa renova recorde após reunião Lula-Trump

Com o exterior positivo, o dia foi de alguma retomada para as ações, com inclinação mais acentuada à tarde

Com o exterior positivo, o dia foi de alguma retomada para as ações, com inclinação mais acentuada à tarde

/DIVULGAÇÃO/JC
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Agências
O Ibovespa, que mais cedo nesta segunda-feira (27) renovou a máxima histórica aos 147 976,99 pontos, recuou no decorrer da tarde, mas conseguiu terminar a sessão de ontem em nível recorde de fechamento, aos 146.969,10 pontos, em alta de 0,55%. Pela manhã, o índice foi impulsionado por sinais de redução na tensão comercial dos Estados Unidos com a China e o Brasil, mas à tarde a Bolsa cedeu parcialmente à pressão da realização de lucros, depois de ter subido quase 4% nas últimas duas semanas.Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, apontou que as expectativas positivas em relação ao encontro entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China), bem como o diálogo recente entre Trump e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, contribuíram para melhorar o apetite por risco entre os investidores.A isso se soma o contexto de alívio na pressão de juros futuros que já vinha dando força à Bolsa nos pregões anteriores, motivado pela revisão para baixo das expectativas de inflação no boletim Focus, a redução no preço da gasolina pela Petrobras e a leitura abaixo da esperada tanto do IPCA-15 quanto dos preços ao consumidor dos EUA, segundo Lucas Tambellini, gestor de renda variável da Lifetime Asset. "A inflação cedendo alivia a curva de juros. Todo mundo coloca na conta que o Banco Central começará a cortar juros e isso ajuda a Bolsa."Daniel Nogueira, coordenador de sales e distribuição de renda variável da InvestSmart XP, destacou que, além dos encontros de Trump, a vitória eleitoral de aliados do presidente argentino Javier Milei também colaborou para a busca por ativos mais arriscados. Segundo ele, houve um forte fluxo de capital direcionado para ETFs de países emergentes no exterior.Entre os destaques da sessão, as ações de Itaú Unibanco e Banco do Brasil foram as que mais contribuíram para o avanço do Ibovespa. Os papéis da MBRF (MBRF3) tiveram alta significativa, de 6,45%, após a empresa ampliar a parceria com a Halal Products Development Company (HPDC). Do lado negativo, Sabesp (SBSP3) foi a que mais prejudicou o movimento do Ibovespa.
O Ibovespa, que mais cedo nesta segunda-feira (27) renovou a máxima histórica aos 147 976,99 pontos, recuou no decorrer da tarde, mas conseguiu terminar a sessão de ontem em nível recorde de fechamento, aos 146.969,10 pontos, em alta de 0,55%. Pela manhã, o índice foi impulsionado por sinais de redução na tensão comercial dos Estados Unidos com a China e o Brasil, mas à tarde a Bolsa cedeu parcialmente à pressão da realização de lucros, depois de ter subido quase 4% nas últimas duas semanas.

Filipe Villegas, estrategista de ações da Genial Investimentos, apontou que as expectativas positivas em relação ao encontro entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China), bem como o diálogo recente entre Trump e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, contribuíram para melhorar o apetite por risco entre os investidores.

A isso se soma o contexto de alívio na pressão de juros futuros que já vinha dando força à Bolsa nos pregões anteriores, motivado pela revisão para baixo das expectativas de inflação no boletim Focus, a redução no preço da gasolina pela Petrobras e a leitura abaixo da esperada tanto do IPCA-15 quanto dos preços ao consumidor dos EUA, segundo Lucas Tambellini, gestor de renda variável da Lifetime Asset. "A inflação cedendo alivia a curva de juros. Todo mundo coloca na conta que o Banco Central começará a cortar juros e isso ajuda a Bolsa."

Daniel Nogueira, coordenador de sales e distribuição de renda variável da InvestSmart XP, destacou que, além dos encontros de Trump, a vitória eleitoral de aliados do presidente argentino Javier Milei também colaborou para a busca por ativos mais arriscados. Segundo ele, houve um forte fluxo de capital direcionado para ETFs de países emergentes no exterior.

Entre os destaques da sessão, as ações de Itaú Unibanco e Banco do Brasil foram as que mais contribuíram para o avanço do Ibovespa. Os papéis da MBRF (MBRF3) tiveram alta significativa, de 6,45%, após a empresa ampliar a parceria com a Halal Products Development Company (HPDC). Do lado negativo, Sabesp (SBSP3) foi a que mais prejudicou o movimento do Ibovespa.
O dólar recuou na abertura da semana, alinhado ao comportamento da moeda americana no exterior. Divisas emergentes e de países exportadores de commodities se beneficiaram da menor tensão, com a expectativa em torno das negociações entre Estados Unidos e China. 

Com máxima de R$ 5,3859 e mínima de R$ 5,3613, o dólar à vista fechou em queda de 0,41%, a R$ 5,3703. A divisa apresenta alta de 0,89% em outubro, após ter recuado 1,83% em setembro. No ano, a moeda norte-americana cai 13,10% em relação ao real, que apresenta o melhor desempenho entre as divisas latino-americanas. Mais uma vez, a liquidez foi reduzida, o que sugere pouco apetite para apostas mais contundentes.

Em uma sessão marcada por oscilações contidas, tanto de alta quanto de baixa, os juros futuros encerraram o pregão em ligeira elevação. Agentes avaliam que o movimento praticamente lateral ante os ajustes frente a mais uma redução consistente das expectativas inflacionárias pode refletir ajustes técnicos, após uma sequência de cinco quedas dos DIs na última semana. A leitura, no entanto, é que a conjuntura de descompressão dos preços e da atividade segue propícia a declínio das taxas futuras.

Encerrados os negócios, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subiu de 13,817% no ajuste de sexta-feira a 13,835%. O DI para janeiro de 2028 marcou 13,105%, vindo de 13,087% no ajuste antecedente. O DI para janeiro de 2029 passou de 13,036% no ajuste anterior a 13,045%. O DI para janeiro de 2031 oscilou de 13,314% no ajuste a 13,310%.

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