O Rio Grande do Sul é um dos estados com maior volume de contratações de crédito no âmbito do Plano Brasil Soberano, iniciativa do governo federal operada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Desde a abertura do protocolo para pedidos de financiamento, em 18 de setembro, empresas gaúchas já tiveram R$ 910 milhões em crédito aprovados, segundo dados levantados pelo banco até 22 de outubro.
Desse total, R$ 286 milhões foram concedidos por meio da linha Capital de Giro, voltada a despesas operacionais e manutenção de empregos, enquanto R$ 624 milhões foram destinados à linha Giro Diversificação, criada para apoiar companhias que buscam novos mercados e alternativas de exportação diante das tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos.
O Plano Brasil Soberano foi lançado pelo governo federal em agosto de 2025 como resposta ao chamado “tarifaço” norte-americano, que elevou as alíquotas de importação de produtos brasileiros de aço, alumínio, calçados, móveis, couro e alimentos industrializados. O programa tem como objetivo proteger a base produtiva nacional, preservar empregos e estimular a diversificação das exportações.
O crédito é disponibilizado por meio de instituições financeiras credenciadas, como bancos públicos e privados, e conta com recursos de R$ 40 bilhões — sendo R$ 30 bilhões provenientes do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) e R$ 10 bilhões do BNDES. O banco ainda não detalhou carência, prazo de amortização ou taxa exata para cada operação.
“O BNDES mantém o compromisso de apoiar as empresas brasileiras afetadas pelo tarifaço. A determinação do presidente Lula é preservar os empregos e fomentar o desenvolvimento de novos mercados para as exportações prejudicadas”, afirmou o presidente do banco, Aloizio Mercadante, em nota divulgada à imprensa.
Têm direito aos recursos do FGE empresas de todos os portes cuja receita com exportações para os EUA de bens impactados por tarifas adicionais seja igual ou superior a 5% do faturamento bruto total, no período de julho de 2024 a junho de 2025. Estão disponíveis quatro linhas: Capital de Giro, Giro Diversificação, Bens de Capital (máquinas e equipamentos) e Investimentos (inovação, adaptação da produção e adensamento da cadeia produtiva).
Já os R$ 10 bilhões do BNDES podem ser acessados por empresas cujos produtos receberam qualquer percentual de tarifa, independentemente do impacto no faturamento bruto. Há duas linhas disponíveis: Capital de Giro Emergencial e Giro Diversificação.
O banco ainda não detalhou carência, prazo de amortização ou taxa exata para cada operação.
Em todo o País, o volume total de crédito aprovado já soma R$ 5,3 bilhões, distribuídos em 371 operações. Desse montante, R$ 2,86 bilhões foram destinados à linha Capital de Giro, R$ 2,39 bilhões à Giro Diversificação e R$ 52,4 milhões à linha Bens de Capital, voltada à modernização de maquinário e equipamentos.
Os setores da indústria de transformação lideram a absorção dos recursos, com R$ 4,38 bilhões já contratados. O restante foi direcionado a comércio e serviços (R$ 468 milhões), agropecuária (R$ 336 milhões) e indústria extrativa (R$ 127 milhões). O banco não informou o perfil das empresas atendidas no Rio Grande do Sul.
Desde o lançamento do plano, 470 pedidos de crédito foram protocolados, totalizando R$ 8,27 bilhões, valor que corresponde a 57% da demanda estimada junto às instituições financeiras parceiras. O BNDES calcula que o interesse das empresas deve atingir cerca de R$ 14,5 bilhões.
As operações podem ser contratadas até 11 de dezembro de 2025, quando expira a Medida Provisória nº 1.309/2025, que instituiu o programa, ou até o esgotamento dos recursos.
Plano Brasil Soberano — Linhas de crédito e condições
Recursos totais: R$ 40 bilhões
R$ 30 bilhões — Fundo de Garantia à Exportação (FGE)
R$ 10 bilhões — BNDES
R$ 30 bilhões — Fundo de Garantia à Exportação (FGE)
R$ 10 bilhões — BNDES
Quem pode solicitar:
Recursos do FGE: empresas de todos os portes com faturamento exportador para os EUA ≥ 5% do faturamento bruto, no período julho/2024 a junho/2025, em produtos impactados por tarifas adicionais.
Recursos do BNDES: empresas de qualquer porte cujos produtos receberam qualquer percentual de tarifa, independentemente do impacto no faturamento.
Recursos do FGE: empresas de todos os portes com faturamento exportador para os EUA ≥ 5% do faturamento bruto, no período julho/2024 a junho/2025, em produtos impactados por tarifas adicionais.
Recursos do BNDES: empresas de qualquer porte cujos produtos receberam qualquer percentual de tarifa, independentemente do impacto no faturamento.
Linhas de financiamento FGE (R$ 30 bilhões):
Capital de Giro – despesas operacionais gerais
Giro Diversificação – busca de novos mercados
Bens de Capital – aquisição de máquinas e equipamentos
Investimentos – inovação, adaptação da produção e adensamento da cadeia produtiva
Capital de Giro – despesas operacionais gerais
Giro Diversificação – busca de novos mercados
Bens de Capital – aquisição de máquinas e equipamentos
Investimentos – inovação, adaptação da produção e adensamento da cadeia produtiva
Linhas de financiamento BNDES (R$ 10 bilhões):
Capital de Giro Emergencial – despesas operacionais
Capital de Giro Diversificação – busca de novos mercados
Capital de Giro Emergencial – despesas operacionais
Capital de Giro Diversificação – busca de novos mercados
Limite de crédito por empresa:
Definido pelo agente financeiro parceiro, conforme porte e linha solicitada
Definido pelo agente financeiro parceiro, conforme porte e linha solicitada
Como contratar:
Consultar elegibilidade no site do BNDES
Operações realizadas via bancos credenciados
Grandes empresas podem procurar o BNDES diretamente
Consultar elegibilidade no site do BNDES
Operações realizadas via bancos credenciados
Grandes empresas podem procurar o BNDES diretamente
Prazo de contratação:
Até 11 de dezembro de 2025 ou até o esgotamento dos recursos
Até 11 de dezembro de 2025 ou até o esgotamento dos recursos