Apesar do otimismo do poder público, há quem diga que a cidade ainda tem muito a evoluir na recepção desses migrantes. Quem afirma isso é Adriano Pistorelo, coordenador do Centro de Atendimento ao Migrante (Cam), órgão da sociedade civil mantido pela Congregação das Irmãs Scalabrinianas.
“A prefeitura até tem alguns cursos, mas não tem ações específicas e direcionadas para migrantes. Eles acabam tendo ações das políticas públicas de empregabilidade, cursos, formação para todo mundo, mas não têm um trabalho específico para o apoio a migrante refugiado, considerando as suas particularidades, as suas limitações e as suas vulnerabilidades”, explicou Pistorelo.
O coordenador conta que o Centro oferece apoio aos migrantes para a obtenção da regularização migratória e de documentos. Além disso, ajuda os migrantes a conhecerem o sistema da rede pública, para acessar serviços de saúde, fazendo o cartão SUS, e até a lidar com a barreira linguística.
Segundo Pistolero, o trabalho do órgão é essencial para dar visibilidade à pauta da migração e demonstrar que as políticas públicas precisam se conectar para atender a esta nova realidade brasileira.
“A importância do trabalho do Cam é trazer essa visibilidade e mostrar que as políticas públicas precisam ser feitas de forma conexa, voltadas para atender esse perfil que hoje é muito presente na realidade brasileira e da Serra Gaúcha", ponderou.
“A prefeitura até tem alguns cursos, mas não tem ações específicas e direcionadas para migrantes. Eles acabam tendo ações das políticas públicas de empregabilidade, cursos, formação para todo mundo, mas não têm um trabalho específico para o apoio a migrante refugiado, considerando as suas particularidades, as suas limitações e as suas vulnerabilidades”, explicou Pistorelo.
O coordenador conta que o Centro oferece apoio aos migrantes para a obtenção da regularização migratória e de documentos. Além disso, ajuda os migrantes a conhecerem o sistema da rede pública, para acessar serviços de saúde, fazendo o cartão SUS, e até a lidar com a barreira linguística.
Segundo Pistolero, o trabalho do órgão é essencial para dar visibilidade à pauta da migração e demonstrar que as políticas públicas precisam se conectar para atender a esta nova realidade brasileira.
“A importância do trabalho do Cam é trazer essa visibilidade e mostrar que as políticas públicas precisam ser feitas de forma conexa, voltadas para atender esse perfil que hoje é muito presente na realidade brasileira e da Serra Gaúcha", ponderou.
Para ele, mesmo que a população já esteja acostumada a conviver com estrangeiros, a dificuldade de integração social é um problema muito comum enfrentado por quem se muda para a cidade.
“Depende muito do tipo de migrante, depende muito da migração, mas geralmente o migrante não consegue se integrar. Isso é uma realidade não no Brasil, nem em Caxias, é uma realidade a nível mundial. A grande dificuldade hoje é que a sociedade ainda vê o migrante como um diferente, um estranho”, lamentou.
“Depende muito do tipo de migrante, depende muito da migração, mas geralmente o migrante não consegue se integrar. Isso é uma realidade não no Brasil, nem em Caxias, é uma realidade a nível mundial. A grande dificuldade hoje é que a sociedade ainda vê o migrante como um diferente, um estranho”, lamentou.
Isso, segundo ele, se reflete na maneira como o mercado de trabalho enxerga o trabalhador estrangeiro. Pistorelo aponta que os empregadores não conseguem ver além da condição migratória desses profissionais. Assim, muita mão de obra qualificada não é propriamente aproveitada, o que, segundo ele, é um impedimento direto para que os migrantes consigam ascender social e profissionalmente.
“A sociedade não consegue aproveitar essa mão de obra especializada porque foca na pessoa pela condição migratória e não se importa se esse cara no país de origem foi um engenheiro ou um médico. A sociedade precisa trabalhar nesse meio de trabalho, aproveitar essa mão de obra para além da condição migratória. Não é dizer que o cara que foi engenheiro na Venezuela vai ser engenheiro aqui. Tem todo um trâmite. Mas o conhecimento ninguém te tira. O setor empresarial deveria olhar para essas pessoas e tentar potencializar essa capacidade técnica”, enfatizou.
“A sociedade não consegue aproveitar essa mão de obra especializada porque foca na pessoa pela condição migratória e não se importa se esse cara no país de origem foi um engenheiro ou um médico. A sociedade precisa trabalhar nesse meio de trabalho, aproveitar essa mão de obra para além da condição migratória. Não é dizer que o cara que foi engenheiro na Venezuela vai ser engenheiro aqui. Tem todo um trâmite. Mas o conhecimento ninguém te tira. O setor empresarial deveria olhar para essas pessoas e tentar potencializar essa capacidade técnica”, enfatizou.