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Publicada em 16 de Outubro de 2025 às 19:12

Ibovespa fecha em queda com piora no exterior

.Na semana, índice avança 1,08%, colocando a perda do mês a 2,76%. No ano, o índice sobe 18,22%

.Na semana, índice avança 1,08%, colocando a perda do mês a 2,76%. No ano, o índice sobe 18,22%

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Agências
Desde que tocou, no último dia 10, o menor nível de fechamento desde 3 de setembro, a 140,6 mil pontos, o Ibovespa tem alternado perdas e ganhos em ritmo moderado e em base diária, sem conseguir ir além dos 142 mil em encerramento e também durante as sessões - à exceção desta quinta-feira, quando chegou aos 143.190,59 pontos no melhor momento do intervalo. 
Desde que tocou, no último dia 10, o menor nível de fechamento desde 3 de setembro, a 140,6 mil pontos, o Ibovespa tem alternado perdas e ganhos em ritmo moderado e em base diária, sem conseguir ir além dos 142 mil em encerramento e também durante as sessões - à exceção desta quinta-feira, quando chegou aos 143.190,59 pontos no melhor momento do intervalo. 
Nesta quinta-feira, saiu de abertura aos 142.603,50 e fechou em leve baixa de 0,28%, aos 142.200,02 pontos, com giro financeiro a R$ 21,02 bilhões na sessão, em que tocou mínima do dia a 141.445,76. Na semana, avança 1,08%, colocando a perda do mês a 2,76%. No ano, o índice sobe 18,22%.
Com o petróleo no menor nível de preços desde maio, as ações de Petrobras (ON -0,79%, PN -1,11%) permaneceram em baixa na sessão, negativa também para Vale ON, que cedeu 0,92%, assim como para os demais nomes do setor metálico, com destaque para CSN (ON -2,58%). Tal efeito negativo das principais ações de commodities obscureceu o dia em parte positivo para os grandes bancos com a exceção, entre as maiores instituições, de Itaú PN, o principal papel do setor, em leve baixa de 0,24%, e BTG (-3,50%). Destaque para Bradesco (ON 0,74%, PN 1,15%).
Na ponta ganhadora do índice, WEG ( 2,70%), Copel ( 2,15%) e Auren ( 1,99%). No lado oposto, Magazine Luiza (-7,97%), Braskem (-6,67%) e Cosan (-4,52%).
Ao longo da sessão, o mercado aguardava com interesse o que poderá emergir como resultado da reunião no período da tarde, em Washington, entre o secretário de Estado, Marco Rubio, e o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, sobre o tarifaço americano, imposto a partir de 9 de julho. Havia expectativa positiva para o encontro, em relação a um possível alívio nas taxações. A reunião foi concluída, mas ambas as partes não se pronunciaram, até o momento, sobre a conversa bilateral.
"Sem novidades tanto no front político como no corporativo, faltou gatilho para o Ibovespa hoje (quinta), com certa cautela no índice antes que a temporada de resultados de empresas brasileiras comece na semana que vem, com os números do terceiro trimestre", diz Felipe Moura, gestor de portfólio e sócio da Finacap Investimentos.
O real perdeu fôlego ao longo da tarde desta quinta-feira, 16, em meio ao aumento da aversão ao risco no exterior e à virada do petróleo para o campo negativo, mas conseguiu emendar o segundo pregão seguido de ganhos frente ao dólar nesta quinta. Após tocar a mínima de R$ 5,4218 pela manhã, o dólar à vista fechou a R$ 5,4431, com queda de 0,35%. Na máxima, atingiu R$ 5,4588. A moeda recua 1,10% na semana, mas avança 2,26% em outubro
Apesar da cautela com o quadro doméstico, marcada pelas dúvidas sobre a elaboração do orçamento de 2026, o real segue apoiado pelo enfraquecimento global do dólar. Contribuem a perspectiva de desaceleração da economia dos EUA e novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Também houve alívio nas tensões comerciais após a confirmação do encontro, no fim do mês, entre os presidentes Donald Trump (EUA) e Xi Jinping (China), na Coreia do Sul.
Para o economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho, as declarações recentes de dirigentes do Fed e o "shutdown" (paralisação parcial) do governo norte-americano reforçam o risco de piora do mercado de trabalho. "Aumenta a probabilidade de redução dos juros nos EUA para a faixa entre 3,25% e 3,50% até março de 2026, com três quedas seguidas de 25 pontos", afirma Velho.
Pela manhã, o diretor do Fed Stephen Miran, indicado por Donald Trump, disse que o banco central americano deveria cortar a taxa em 50 pontos-base no próximo dia 29, mas que o ajuste provável é de 25 pontos-base. Já o diretor Christopher Waller voltou a apoiar nova redução de 25 pontos-base, embora tenha pregado cautela na transição para o nível neutro.
 

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