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Publicada em 10 de Outubro de 2025 às 03:00

"Precisamos criar novos produtos para atender às novas necessidades"

Ederson Daronco lidera as comemorações de 130 anos do sindicato

Ederson Daronco lidera as comemorações de 130 anos do sindicato

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Caren Mello
Caren Mello
Quem faz seguro, preserva. Esse é o lema do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros e de Capitalização no Estado do Rio Grande do Sul ou Sindicato das Seguradoras do RS (SindsegRS), que comemora 130 anos de existência. Com nova logo e identidade visual, a entidade se renova, mas sem se afastar do objetivo permanente de estar presente nos debates sobre temas institucionais e, também, para o aperfeiçoamento e o crescimento da indústria de seguro no Rio Grande do Sul.
Quem faz seguro, preserva. Esse é o lema do Sindicato das Empresas de Seguros Privados, de Resseguros e de Capitalização no Estado do Rio Grande do Sul ou Sindicato das Seguradoras do RS (SindsegRS), que comemora 130 anos de existência. Com nova logo e identidade visual, a entidade se renova, mas sem se afastar do objetivo permanente de estar presente nos debates sobre temas institucionais e, também, para o aperfeiçoamento e o crescimento da indústria de seguro no Rio Grande do Sul.
Atento às agendas que impactam o setor, o SindisegRS, entre várias ações, trouxe a Porto Alegre o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo de Oliveira, para debater temas pertinentes, como a nova lei do Contrato de Seguro (Lei 15.040/24) e a Lei 213/25, que mudará a dinâmica das associações e cooperativas.
O SindsegRS também está atento a questões como o  impacto da crise climática no mercado de seguros e no Open Insurance, um sistema que promove a inovação no mercado de seguros, permitindo o compartilhamento padronizado de dados e serviços entre seguradoras e outras instituições autorizadas. Em entrevista ao Jornal do Comércio, o presidente da entidade, Ederson Daronco, falou um pouco do mercado e de como a entidade está vigilante a essas mudanças.
Jornal do Comércio - Como o sr. avalia a economia brasileira neste momento e qual o impacto para as seguradoras?
Ederson Daronco - As nossas seguradoras, tanto as seguradoras que operam aqui no Estado, como as que atuam em todo o Brasil, estão muito bem estruturadas para atender às demandas que o mercado brasileiro exige atualmente. Nesse aspecto, diria que nós estamos muito bem servidos.
JC – Quais as perspectivas para o mercado?
Daronco – Acredito que o volume de demandas vem num crescente, e com o seguro não é diferente. Precisamos atender o que já temos de modelo, e, ao mesmo tempo, criar novos produtos, preciso atender às novas necessidades. As companhias seguradoras vêm se preparando - e muito - para que isso possa ser realizado e concretizado e, dessa forma, atender ao nosso mercado.
JC – Uma questão bastante em pauta em vários setores da economia é a crise climática. Como as seguradoras estão se preparando para esse novo momento?
Daronco – As seguradoras, as companhias já vêm se preparando de um bom tempo para cá porque a crise climática é uma realidade que nos afeta diretamente. Vide o exemplo do Rio Grande do Sul do ano passado, com as enchentes que provocaram tantas perdas. Existe, sem dúvida, uma evolução e um trabalho muito grande das companhias. É um tema que vai ser abordado na COP 30 pela CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras). É um tema latente no Brasil.
JC – Qual a sua avaliação sobre o trabalho da Susep (Superintendência dos Seguros Privado)?
Daronco - A Susep atende e aprova as demandas daquilo que as seguradoras, as companhias podem criar de produtos, de mecanismos que venham facilitar esse atendimento das necessidades em virtude das condições climáticas, e de outros ramos de seguro também.
JC – Apesar do crescimento do setor, ainda não foi possível atingir parcela da sociedade com menor poder aquisitivo. Como ultrapassar esse limite?
Daronco -  Na minha avaliação, as seguradoras, atualmente, têm produtos para atingir essa camada da população. Acredito que o que falta – e esse é um dos maiores desafios de todas as companhias e até do mercado como um todo – é a conscientização. Estamos falando aqui de comunicação, de como acessar esses produtos. Hoje, as companhias que operam no Brasil possuem vários tickets, de acordo com atendimento e a necessidade. Com certeza, produto para atender já existe. Acredito que o que falta é um pouquinho de conscientização, de conhecimento para que esse produto chegue àqueles que precisam. Isso é um trabalho social. O seguro hoje pode ajudar a fomentar e tirar pessoas, inclusive, de situações de emergência. Como aconteceu aqui: o seguro facilitou a vida, conseguiu manter negócios. O que aconteceu no Rio Grande sul no ano passado foi um exemplo muito grande sobre o que pode o mercado segurador.  
JC – A Susep está regulamentado o sistema de abertura de dados. Que impacto terá no mercado?
Daronco – Essa é uma situação que está sendo a analisada. Vai ser feito? Não sei, talvez seja. Nós já temos isso como um exemplo em alguns setores, como o Open Finance, nos bancos. É um caminho que, talvez, nós teremos que participar. Mas, acredito, que vai ser bom, tanto para as seguradoras, quanto para o mercado consumidor.
JC - Aumentará a concorrência?
Daronco - A concorrência, no mercado, ela funciona dessa forma. Eu não vejo como fugir, mas é um trabalho que precisa ser muito bem muito bem estruturado e elaborado e colocado em prática.
JC – Qual a importância de ações, como a tradicional reunião-almoço, para os profissionais da área?
Daronco – O Esse evento possui dois motes. Um deles é, justamente, o tradicional almoço do mercado segurador, que teve a presença do Dyogo (Dyogo Oliveira, presidente da CNSeg), para alinhar sindicatos e CNSeg. Precisamos fazer muita coisa ainda pelo mercado. Temos uma penetração muito baixa, podemos crescer ainda muito mais.

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