A taxa de desocupação no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, segundo a PNAD Contínua, divulgada nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. O índice é o menor desde o início da série histórica, em 2012, e representa queda de um ponto percentual em relação ao trimestre anterior (6,6%) e de 1,2 ponto frente ao mesmo período de 2024 (6,8%).
O resultado reflete, ao mesmo tempo, o crescimento do número de pessoas ocupadas e a diminuição da população em busca de trabalho. Nos últimos três meses, o total de desocupados recuou 14,2%, alcançando 6,1 milhões de pessoas, enquanto o contingente de ocupados avançou para 102,4 milhões, estabelecendo um novo recorde.
Outro destaque foi a taxa de subutilização da força de trabalho, que mede trabalhadores desempregados, sub ocupados ou que poderiam trabalhar, mas não buscam emprego. O índice ficou em 14,1%, também o mais baixo da série.
O mercado formal mostrou força: o número de empregados com carteira assinada no setor privado subiu para 39,1 milhões, enquanto o setor público registrou 12,9 milhões de ocupados – ambos recordes. Também cresceu o contingente de trabalhadores por conta própria, que atingiu 25,9 milhões.
Na renda, o levantamento apontou aumento. O rendimento médio real habitual chegou a R$ 3.484, alta de 1,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% frente ao mesmo período de 2024. A massa de rendimentos alcançou R$ 352,3 bilhões, também recorde.
Apesar do cenário positivo, a taxa de informalidade permanece elevada, atingindo 37,8% da população ocupada, o que equivale a 38,8 milhões de trabalhadores.
Os resultados detalhados para o Rio Grande do Sul serão divulgados somente em novembro, quando o IBGE publicará a divisão por estados.
Em suas redes sociais, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, comemorou o resultado. "Desemprego em queda, na mínima histórica. Recorde de empregos com carteira assinada. Aumento de renda. Dados que mostram um Brasil mais forte. Bom dia a todos", escreveu em sua conta no X.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, também celebrou a queda da taxa de desemprego à mínima histórica e os demais números do mercado de trabalho. "Superamos expectativas do mercado e vamos consolidando crescimento no emprego e na renda!", escreveu Tebet, na sua conta no X. Tebet também destacou que o total de pessoas ocupadas, de 102,4 milhões, o nível de ocupação, de 58,8%, e a massa de rendimento real, de R$ 352,3 bilhões, foram máximas da série histórica.
Principais indicadores do mercado de trabalho (mai-jul/2025)
Taxa de desocupação: 5,6% - menor da série histórica
População desocupada: 6,1 milhões (-14,2% no trimestre)
População ocupada: 102,4 milhões - recorde da série
Taxa de subutilização: 14,1% - menor da série
Rendimento médio real: R$ 3.484 - recorde, alta de 3,8% em um ano
Informalidade: 37,8% dos ocupados (38,8 milhões)
Com carteira assinada: 39,1 milhões - recorde