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Publicada em 03 de Setembro de 2025 às 10:34

Para 80% das indústrias exportadoras do RS, medidas de socorro ao tarifaço são ineficientes

Levantamento ouviu 135 indústrias exportadoras, das quais 88 vendem aos EUA

Levantamento ouviu 135 indústrias exportadoras, das quais 88 vendem aos EUA

TÂNIA MEINERZ/JC
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Agências
A avaliação de 80% das indústrias gaúchas que exportam para os Estados Unidos é de que as medidas compensatórias apresentadas pelo governo federal são insuficientes ou ineficientes. O percentual faz parte de uma pesquisa realizada pelo Sistema Fiergs com industriais gaúchos que vendem para o mercado norte-americano. As medidas de crédito e de prorrogação de drawback, por exemplo, são vistas como de pouco impacto, assim como o diferimento de impostos e o acesso ao crédito. As informações são da assessoria de imprensa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
A avaliação de 80% das indústrias gaúchas que exportam para os Estados Unidos é de que as medidas compensatórias apresentadas pelo governo federal são insuficientes ou ineficientes. O percentual faz parte de uma pesquisa realizada pelo Sistema Fiergs com industriais gaúchos que vendem para o mercado norte-americano. As medidas de crédito e de prorrogação de drawback, por exemplo, são vistas como de pouco impacto, assim como o diferimento de impostos e o acesso ao crédito. As informações são da assessoria de imprensa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
Com relação ao governo do Estado, o percentual de empresas que consideram baixo o impacto na linha de crédito do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) fica em 85%, enquanto na liberação de saldo credor do ICMS essa é a avaliação de 79,5% dos entrevistados. O levantamento ouviu 135 indústrias exportadoras, das quais 88 vendem aos EUA (número equivale a 8% do universo de exportadores ao país).
Diante do que consideram ineficiência das medidas, as indústrias citam ações que estão adotando ou avaliando: negociações diretas com fornecedores, busca por mercados internos e no exterior, paralisação temporária de atividades e demissões. Para reverter esse cenário, esperam medidas de alívio no contexto trabalhista, apoio para pagamento de salários em setores que empregam mais trabalhadores, linhas de crédito mais acessíveis e negociações diplomáticas.
As indústrias gaúchas exportadoras também foram questionadas sobre os efeitos das tarifas de 50% impostas pelo governo de Donald Trump. Para 95,5%, o impacto é “ruim” ou “muito ruim”. Dois a cada três esperam redução no faturamento. Metade dos entrevistados afirma haver empregos em risco. Entre os que preveem demissões, 60% dizem que o número de desligamentos pode chegar a 50 funcionários e, para 23,4%, os cortes podem ficar no intervalo de 51 a 500.
Os industriais ouvidos na pesquisa criticam a postura adotada pelo governo federal, percebido como “omisso”, “despreparado” e “ineficaz” na condução das negociações diplomáticas com os EUA. Também apontaram o que consideram falhas semelhantes às observadas em situações anteriores, como pandemia e enchentes, ressaltando insatisfação com falta de ações concretas.

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