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Publicada em 06 de Agosto de 2025 às 18:01

Fimma expõe a inovação em palestras e estandes

Na Praça da Inovação, indústrias e marcenarias buscam informações, vivenciam experiências imersivas e assistem palestras com especialistas de diferentes áreas

Na Praça da Inovação, indústrias e marcenarias buscam informações, vivenciam experiências imersivas e assistem palestras com especialistas de diferentes áreas

KOR Produções, Divulgação
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Roberto Hunoff
Roberto Hunoff Jornalista
De Bento GonçalvesDe acordo com o IBGE, os fabricantes de produtos de madeira estão entre os segmentos industriais que menos inovaram no Brasil, com média de 31,2%. O dado reforça a importância de o setor moveleiro abraçar a inovação e a 17ª Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis (Fimma Brasil) mostra que isso é possível.Na Praça da Inovação, indústrias e marcenarias buscam informações, vivenciam experiências imersivas e assistem palestras com especialistas de diferentes áreas. Nos estandes das 300 marcas expositoras, os visitantes têm contato direto com novas tecnologias em máquinas, robôs, insumos, ferramentas e acessórios. "A Fimma em si é um grande encontro de inovação e negócios. A Praça de Inovação é um projeto totalmente diferente de tudo o que a feira já mostrou. A ideia é descomplicar a inovação, promover conexões entre o público, discutir assuntos do momento e mostrar que o mercado já conta com soluções eficientes para o setor moveleiro", Renato Bernardi, diretor de inovação da Movergs, entidade realizadora da feira.
De Bento Gonçalves

De acordo com o IBGE, os fabricantes de produtos de madeira estão entre os segmentos industriais que menos inovaram no Brasil, com média de 31,2%. O dado reforça a importância de o setor moveleiro abraçar a inovação e a 17ª Feira Internacional de Fornecedores da Cadeia Produtiva de Madeira e Móveis (Fimma Brasil) mostra que isso é possível.

Na Praça da Inovação, indústrias e marcenarias buscam informações, vivenciam experiências imersivas e assistem palestras com especialistas de diferentes áreas. Nos estandes das 300 marcas expositoras, os visitantes têm contato direto com novas tecnologias em máquinas, robôs, insumos, ferramentas e acessórios. "A Fimma em si é um grande encontro de inovação e negócios. A Praça de Inovação é um projeto totalmente diferente de tudo o que a feira já mostrou. A ideia é descomplicar a inovação, promover conexões entre o público, discutir assuntos do momento e mostrar que o mercado já conta com soluções eficientes para o setor moveleiro", Renato Bernardi, diretor de inovação da Movergs, entidade realizadora da feira.
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Segundo Bernardi, a visão sobre inovação difere muito entre os visitantes. Para gestores de pequenas empresas, que visitam pela primeira vez, quase tudo é novo, pois os equipamentos que utilizam não estão mais na feira por conta da NR12. "Não se trata de uma inovação, mas de uma exigência da nova legislação", registra.

As inovações das máquinas estão principalmente na maior capacidade de produção, seja para corte, furação ou colagem de painéis. O grande diferencial, no entanto, é a utilização de avançados programas de inteligência artificial que definem cortes na medida final e com precisão, gerenciam sobras de chapas e indicam a localização das peças, dentre outras atividades. Destaca que a maior parte destas tecnologias são criadas por startups nacionais. "Com uso de tag, código ou transmissor de celular, o gestor visualiza todo o processo em telas. Não precisa ficar circulando pela produção", assinala.

Na avaliação de Bernardi, a atividade moveleira caminha na direção da indústria 5.0, em que ocorre a comunicação homem-máquina. Neste momento, no entanto, boa parte das empresas ainda adota a indústria 2.0, que se caracteriza pelo uso de equipamentos elétricos, estando em progressão para o estágio 3.0, com a automação, para posteriormente alcançar o 4.0, marcado pela digitalização. "A automação não pode ficar restrita à produção, precisa ser incorporada por quem vende na ponta, junto ao cliente", alerta.

Para o diretor, a cultura da inovação está presente no polo moveleiro de Bento Gonçalves, que representa 4% da produção nacional e 24% da gaúcha. "Esta cultura é necessária para que se consiga reduzir custos de produção e suprir a falta de mão de obra. Caminhar na direção da automação e digitalização dos processos é imprescindível, porque onde há interferência humana a chance de erro é maior", comenta.

Em relação a acabamentos, como tecidos e couro, as inovações seguem a moda do vestuário, com novos padrões de cores e estampas. Chapas de MDF e MDP também têm mudanças limitadas à apresentação, pois as espessuras e a composição seguem normas regulamentadas. Na pintura, o avanço é o uso de nanotecnologia nas tintas, menos agressivas ao meio ambiente, e que têm secagem mais rápida, reduzindo o consumo de energia. Lixas e ferramentas de corte e usinagem estão mais resistentes, enquanto as espumas têm matéria-prima que reduz a propagação de fogo.

Nesta quarta-feira (6), o evento recebeu a visita do vice-governador Gabriel Souza. Ele enfatizou o apoio do Governo ao evento e setor moveleiro. "Mesmo diante das dificuldades criadas pela sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos, a feira mostra a pujança do setor, a resiliência da indústria e a força da economia do Rio Grande do Sul. O governo apoia as principais demandas do setor para que possa atuar diretamente e cobrar a União quanto às suas responsabilidades", comentou. A Fimma Brasil segue até esta quinta (7), no Parque de Eventos da Fundaparque, em Bento Gonçalves. O horário de funcionamento é das 10h às 19h, com ingresso gratuito.

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