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Publicada em 30 de Julho de 2025 às 18:22

Ibovespa reage bem ao anúncio de Trump e sobe quase 1%, perto de 134 mil

O que parecia tormento virou alívio, recolocando o Ibovespa aos 133.989,74 pontos no fechamento, em alta de 0,95%, com giro a R$ 22,7 bilhões

O que parecia tormento virou alívio, recolocando o Ibovespa aos 133.989,74 pontos no fechamento, em alta de 0,95%, com giro a R$ 22,7 bilhões

Miguel Schincariol/AFP/JC
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Agências
O decreto que parecia o tiro de misericórdia no kit Brasil - com a confirmação da sobretaxa de 50% às exportações do País, conforme prometido no último dia 9 pelo presidente dos EUA, Donald Trump - veio a ser a salvação da lavoura, firmando o Ibovespa no campo positivo do meio para o fim da tarde: no melhor momento, chegou a testar a linha dos 134 mil pontos, com o plot twist, a inesperada reviravolta no roteiro do tarifaço.Ao fim, a Casa Branca optou por uma extensa lista de exceções, em itens como produtos alimentícios, agrícolas, minérios e combustíveis, entre outros, bem como um prazo ampliado, daqui a sete dias, para que as medidas, inicialmente previstas para esta sexta-feira, 1º de agosto, entrem em vigor. O que parecia tormento virou alívio, recolocando o Ibovespa aos 133.989,74 pontos no fechamento, em alta de 0,95%, com giro a R$ 22,7 bilhões - o melhor das recentes sessões em que vinha prevalecendo sinal de baixa.O dia foi volátil, aderente ao noticiário em torno das iniciativas punitivas dos Estados Unidos em relação ao Brasil e a autoridades como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) - o que deixou em segundo plano a decisão do Federal Reserve, em linha com o esperado ao manter os juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
O decreto que parecia o tiro de misericórdia no kit Brasil - com a confirmação da sobretaxa de 50% às exportações do País, conforme prometido no último dia 9 pelo presidente dos EUA, Donald Trump - veio a ser a salvação da lavoura, firmando o Ibovespa no campo positivo do meio para o fim da tarde: no melhor momento, chegou a testar a linha dos 134 mil pontos, com o plot twist, a inesperada reviravolta no roteiro do tarifaço.

Ao fim, a Casa Branca optou por uma extensa lista de exceções, em itens como produtos alimentícios, agrícolas, minérios e combustíveis, entre outros, bem como um prazo ampliado, daqui a sete dias, para que as medidas, inicialmente previstas para esta sexta-feira, 1º de agosto, entrem em vigor. O que parecia tormento virou alívio, recolocando o Ibovespa aos 133.989,74 pontos no fechamento, em alta de 0,95%, com giro a R$ 22,7 bilhões - o melhor das recentes sessões em que vinha prevalecendo sinal de baixa.

O dia foi volátil, aderente ao noticiário em torno das iniciativas punitivas dos Estados Unidos em relação ao Brasil e a autoridades como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) - o que deixou em segundo plano a decisão do Federal Reserve, em linha com o esperado ao manter os juros dos EUA na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
No front da disputa comercial e política do governo Trump com o Brasil, em um primeiro momento, no início da tarde, veio um desdobramento ruim: a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes, do STF. A iniciativa, contudo, já era aguardada e, a princípio, não chegou a afetar muito as ações mais expostas ao tarifaço, conforme operadores ouvidos pela Broadcast.

Dessa forma, Weg, Suzano e o setor de minerais e metalurgia, considerados os mais sensíveis aos EUA, não mudaram de direção nem intensificaram os movimentos após a publicação da notícia. A Embraer, empresa de capital aberto mais prejudicada, chegou a entrar no campo negativo, mas depois foi a empresa cuja ação mais subiu dentre as 84 componentes da carteira Ibovespa, hoje em alta de 10,93%, a R$ 76,25, no fechamento - à frente de Pão de Açúcar (+5,80%) e Magazine Luiza (+5,16%). No lado oposto, Engie (-2,39%), RD Saúde (-2,17%), Bradespar (-1,85%) e Vale (-1,79%).

Contudo, a cereja do bolo viria depois, com a inesperada inclusão de uma extensa lista de exceções ao tarifaço americano, e um prazo maior para que entre em vigor, o que, teoricamente, abre espaço para negociações e, quem sabe, uma flexibilização maior, apontam analistas de mercado.

Da mínima à máxima da sessão, o Ibovespa oscilou quase 2,5 mil pontos, entre 131.882,74 e 134.367,54 pontos, tendo saído de abertura aos 132.702,24 pontos. O ganho em ações do setor financeiro, com destaque para Bradesco (ON +1,43%, PN +1,62%) e Itaú (PN +1,15%), mais do que compensou o efeito negativo de Vale, a ação de maior peso.

A Petrobras, por sua vez, fechou em alta de 1,12% na ON e de 1,02% na PN, favorecida como ontem pela progressão dos preços do petróleo - na terça-feira, em alta superior a 3% em Londres e Nova York, hoje na casa de 1% para ambas as referências, Brent e WTI. Com o desempenho desta quarta-feira, o Ibovespa vira para o positivo na semana (+0,35%), mas ainda cede 3,50% no mês, que chega ao fim amanhã - no ano, sobe 11,40%.

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