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Publicada em 29 de Julho de 2025 às 00:25

Bolsa cai 1,04% com foco ainda no tarifaço

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Agências
O Ibovespa iniciou a semana decisiva do tarifaço americano - previsto para ser implementado contra o Brasil na sexta-feira, 1º de agosto - da forma como encerrou as duas sessões anteriores, em baixa. Nesta segunda, o índice da B3 oscilou entre 131.550,39 e 133.901,70 pontos, encerrando em queda de 1,04%, aos 132.129,26 pontos, o menor nível de fechamento desde 22 de abril, então a 130,4 mil.
O Ibovespa iniciou a semana decisiva do tarifaço americano - previsto para ser implementado contra o Brasil na sexta-feira, 1º de agosto - da forma como encerrou as duas sessões anteriores, em baixa. Nesta segunda, o índice da B3 oscilou entre 131.550,39 e 133.901,70 pontos, encerrando em queda de 1,04%, aos 132.129,26 pontos, o menor nível de fechamento desde 22 de abril, então a 130,4 mil.
Como nas últimas sessões, o giro permaneceu contido, ontem a R$ 17,6 bilhões. Em julho, que chega ao fim nesta quinta-feira, o Ibovespa já acumula perda de 4,84% - por enquanto, a caminho de seu pior desempenho mensal desde agosto de 2023, quando havia cedido 5,09%. No ano, o Ibovespa limita o avanço a 9,85%.
No fechamento, as ações de grandes bancos mostraram perdas de até 2,10% em Itaú PN, a principal do segmento. Entre os setores mais pesados do índice, o bancário liderou as perdas nesta segunda-feira, pressionado por dados fracos de concessão de crédito e pelo temor dos impactos das tarifas dos EUA sobre a economia brasileira, observa Luise Coutinho, head de produtos e alocação da HCI Advisors. "As ações do setor metálico também recuaram, acompanhando a queda de preço do minério de ferro." Ela acrescenta que o mercado aguarda com expectativa a próxima reunião do comitê executivo do Partido Comunista Chinês, que pode anunciar novas medidas de estímulo à economia, com efeitos para o setor.
Vale ON encerrou em baixa de 0,97%, enquanto Petrobras teve desempenho misto no fechamento, em baixa de 0,06% na ON e alta de 0,13% na PN, com avanço de mais de 2% para o petróleo em Londres e Nova York nesta segunda-feira. Os contratos futuros da commodity foram impulsionados por declarações do presidente americano, Donald Trump, ao indicar que encurtará para 12 dias o prazo máximo para que o presidente russo, Vladimir Putin, chegue a uma trégua com a Ucrânia.
Por outro lado, a Petrobras informou ontem que reduzirá em 14%, em média, os preços do gás natural para as distribuidoras a partir de 1º de agosto. Segundo a estatal, os contratos com as distribuidoras preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação, para cima ou para baixo, às oscilações do petróleo Brent e da taxa de câmbio do real em relação ao dólar, reporta a jornalista Beth Moreira, da Broadcast.
Na ponta ganhadora do Ibovespa, São Martinho ( 3,56%), YDUQS ( 2,26%) e Ultrapar ( 2,18%). No lado oposto, Vivara (-5,23%), CSN (-4,42%) e Magazine Luiza (-4,27%).
A comitiva de senadores que está em Washington com a missão de abrir uma nova frente de negociações com os Estados Unidos recebeu com cautela o anúncio realizado neste domingo sobre o acordo entre o governo Donald Trump e a União Europeia. Há uma avaliação de que o acerto não é tão bom para o Brasil e deve deixar o País mais isolado.
O real foi pressionado, ontem, desde a abertura pela política tarifária dos Estados Unidos. O dólar ganha força globalmente, após acordo comercial americano com a União Europeia, e outras rodadas de negociação inclusive com a China. E o Brasil não parece estar na lista de prioridades do governo Donald Trump, mesmo com a tarifa de 50% a produtos brasileiros entrando em vigor a partir desta sexta-feira, 1º de agosto.
O dólar à vista encerrou esta segunda-feira em alta de 0,50%, a R$ 5,5899. Foi a maior cotação desde 4 de junho de 2025. O DXY, índice que mede a moeda americana contra uma cesta de pares fortes subia mais de 1%, aos 98,639 pontos, por volta das 17h20. "A política tarifária é o centro das atenções do mundo agora. Perspectiva de que os EUA estão saindo, de certa forma, vitoriosos nos acordos em que estão fazendo tende a fortalecer o dólar. Mas o real acaba sofrendo bastante. Estamos vendo bastante esforço do Brasil para negociar com os EUA, mas acabamos sendo deixados de lado pelas autoridades americanas", comenta o economista Rafael Prado, da GO Associados.

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