De São Paulo
Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos na gestão Bill Clinton e vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2007 pelo seu trabalho contra o aquecimento global, relacionou, nesta sexta-feira (25), as enchentes do Rio Grande do Sul do ano passado a outras tragédias climáticas recentes para fazer um alerta sobre a crise ambiental vigente. O seu discurso ocorreu durante a programação da 15º edição do Expert XP, promovido na capital paulista, e contou com a mediação de Luiza Aguiar, analista de Research ESG da XP.
“A crise climática é o desafio mais sério que a humanidade já enfrentou. Veja o que aconteceu em Porto Alegre no ano passado, com chuvas e inundações. Do mesmo modo, no Texas (EUA) este ano”, comparou.
Para Al Gore, o mundo dos investimentos deve se orientar a partir deste cenário desafiador. Ele vai além e diz que o futuro do investimento está no investimento sustentável.
Para o líder político e empresarial, não é verdade que realizar aportes nesse tipo de investimento é uma forma de caridade, pautado apenas por uma questão moral. “Investir em sustentabilidade não significa caridade. Não queremos perder dinheiro. Pelo contrário, queremos rentabilidade mais alta do que a do benchmark (padrão)”, diz.
O ativista ambiental diz isso com propriedade, já que ele também é sócio-fundador e chairman da Generation Investment Management, gestora global com foco em investimentos sustentáveis e que possui US$ 45 bilhões sob gestão.
A empresa, aliás, conta, desde o ano passado, com um escritório na Faria Lima, na capital paulista, em um movimento que tem a ver com a visão de Al Gore sobre o papel do Brasil na agenda climática global. “Os brasileiros não estão cientes da centralidade que o País tem sobre o clima. Viemos para ficar, pois o futuro está aqui”, opina, acrescentando que a companhia deve investir 80% de seu capital em projetos no Brasil.
Neste sentido, ele exaltou a biodiversidade do Brasil e o fato de contar com uma matriz de energia elétrica majoritariamente renovável. Mencionou ainda, como potencial a ser desenvolvido no País, a demanda por aço e cimento verdes, além de modelos sustentáveis na agricultura e na pecuária.
Conhecido também pelo documentário Uma verdade inconveniente (2006), que retrata uma série de palestras sobre o aquecimento global, Gore afirma que uma atualização do nome desse filme para os dias de hoje poderia ser “uma oportunidade imperdível”.
A oportunidade, segundo ele, se fará presente, por exemplo, na COP30, conferência de clima da ONU (Nações Unidas) que será sediada em Belém (PA) no mês novembro. "Precisamos de todas as fontes e continuaremos por um bom tempo dependentes de alguns combustíveis fósseis, mas temos que avançar o mais rápido possível para o tipo de perfil energético do qual o Brasil é pioneiro. Na COP30, o Brasil pode enviar essa mensagem para o mundo todo", afirmou.
Para Al Gore, o mundo dos investimentos deve se orientar a partir deste cenário desafiador. Ele vai além e diz que o futuro do investimento está no investimento sustentável.
Para o líder político e empresarial, não é verdade que realizar aportes nesse tipo de investimento é uma forma de caridade, pautado apenas por uma questão moral. “Investir em sustentabilidade não significa caridade. Não queremos perder dinheiro. Pelo contrário, queremos rentabilidade mais alta do que a do benchmark (padrão)”, diz.
O ativista ambiental diz isso com propriedade, já que ele também é sócio-fundador e chairman da Generation Investment Management, gestora global com foco em investimentos sustentáveis e que possui US$ 45 bilhões sob gestão.
A empresa, aliás, conta, desde o ano passado, com um escritório na Faria Lima, na capital paulista, em um movimento que tem a ver com a visão de Al Gore sobre o papel do Brasil na agenda climática global. “Os brasileiros não estão cientes da centralidade que o País tem sobre o clima. Viemos para ficar, pois o futuro está aqui”, opina, acrescentando que a companhia deve investir 80% de seu capital em projetos no Brasil.
Neste sentido, ele exaltou a biodiversidade do Brasil e o fato de contar com uma matriz de energia elétrica majoritariamente renovável. Mencionou ainda, como potencial a ser desenvolvido no País, a demanda por aço e cimento verdes, além de modelos sustentáveis na agricultura e na pecuária.
Conhecido também pelo documentário Uma verdade inconveniente (2006), que retrata uma série de palestras sobre o aquecimento global, Gore afirma que uma atualização do nome desse filme para os dias de hoje poderia ser “uma oportunidade imperdível”.
A oportunidade, segundo ele, se fará presente, por exemplo, na COP30, conferência de clima da ONU (Nações Unidas) que será sediada em Belém (PA) no mês novembro. "Precisamos de todas as fontes e continuaremos por um bom tempo dependentes de alguns combustíveis fósseis, mas temos que avançar o mais rápido possível para o tipo de perfil energético do qual o Brasil é pioneiro. Na COP30, o Brasil pode enviar essa mensagem para o mundo todo", afirmou.
'Taxas de 50% a produtos brasileiros são insanas'
Para Al Gore, as sobretaxas de 50% a produtos brasileiros anunciada pelo governo Trump não têm fundamento racional. "Vocês estão de barriga cheia aqui. Ele (Donald Trump) acabou de impor tarifas de 50% ao Brasil, e isso é absolutamente insano, claro, e provavelmente não vai durar muito tempo. Há muita irracionalidade", disse.
No painel da Expert XP 2025, ele criticou também as gigantes de combustíveis fósseis que exercem grande influência no governo Trump. "Ele faz o que as grandes corporações mandam", disse, após afirmar que essas grandes empresas e os petroestados dos Estados Unidos têm muito poder político e tentam "tomar o controle" do processo de negociação.
No painel da Expert XP 2025, ele criticou também as gigantes de combustíveis fósseis que exercem grande influência no governo Trump. "Ele faz o que as grandes corporações mandam", disse, após afirmar que essas grandes empresas e os petroestados dos Estados Unidos têm muito poder político e tentam "tomar o controle" do processo de negociação.