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Publicada em 14 de Julho de 2025 às 10:24

Economistas mantêm previsão do PIB e reduzem a do dólar após sobretaxa de Trump

Banco Central ouviu economistas em levantamento sobre os impactos do tarifaço de Trump

Banco Central ouviu economistas em levantamento sobre os impactos do tarifaço de Trump

Governo Federal/Divulgação/JC
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Agências
Os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram a previsão para o dólar e a inflação, e mantiveram as perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, da sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros na quarta-feira (9).
Os economistas ouvidos pelo Banco Central reduziram a previsão para o dólar e a inflação, e mantiveram as perspectivas para o Produto Interno Bruto (PIB) após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, da sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros na quarta-feira (9).
O levantamento coletou opiniões até sexta-feira (11) e não segue o que parte dos especialistas falou que o crescimento da economia brasileiro seria impactado com a tarifa. A XP, por exemplo, falou em redução de 0,5 ponto percentual.
Porém, o boletim Focus manteve a previsão do PIB deste ano em 2,23% assim como em 2027 e 2028 (ambos em 2%), e subiu em 2026 de 1,86% para 1,89%. O posicionamento segue a linha adotada pelo Ministério da Fazenda, que prevê impacto concentrado em setores específicos.
A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu pela sétima semana seguida, atingindo 5,17% contra 5,18% da semana passada. Apesar da queda, a previsão continua acima do teto da meta estipulado pelo Banco Central. O centro da meta oficial para a inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Na semana passada, a Fazenda também alterou sua expectativa para a inflação neste ano ao divulgar seu mais recente Boletim Macrofiscal, projetando que o IPCA fechará este ano com alta de 4,9%, ante avanço de 5% na projeção de maio. Para 2026, o ministério prevê que a inflação será de 3,6%, mesmo nível estimado antes.
A maior mudança foi a queda na previsão do dólar, que despencou de R$ 5,70 para R$ 5,65 neste ano. Os economistas também diminuíram para os próximos três anos: de R$ 5,75 para R$ 5,70 (em 2026); de R$ 5,75 para R$ 5,71 (em 2027) e de R$ 5,80 para 5,76 (em 2028). Já a perspectiva para a Selic permanece a mesma para este ano, em 15%, e também para 2026 (12,5%), 2027 (10,5%) e 2028 (10%).

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