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Publicada em 26 de Junho de 2025 às 17:41

Amcham debate liderança e alta performance nas empresas

Caetano, da Sambatech, fez previsões sobre o uso de novas tecnologias

Caetano, da Sambatech, fez previsões sobre o uso de novas tecnologias

BRENO BAUER/JC
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Caren Mello
Caren Mello
Pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio no Rio Grande do Sul (Amcham RS) apontou que apenas 22% das empresas medem performance organizacional através da inovação. Para a grande maioria - 82%, em um universo de 765 organizações ouvidas -, a medição se dá pelos resultados financeiros, seguidos por metas estratégicas atingidas (57%) e produtividade (54%).
Pesquisa realizada pela Câmara Americana de Comércio no Rio Grande do Sul (Amcham RS) apontou que apenas 22% das empresas medem performance organizacional através da inovação. Para a grande maioria - 82%, em um universo de 765 organizações ouvidas -, a medição se dá pelos resultados financeiros, seguidos por metas estratégicas atingidas (57%) e produtividade (54%).
Os resultados foram apresentados e debatidos na tarde desta terça-feira (26), durante o CEO Forum 2025, evento anual considerado um dos maiores fóruns de discussão sobre estratégias de gestão, performance e cultura organizacional no país. Esta edição teve como tema “Liderança e alta performance em ambientes de transformação".
As conclusões da pesquisa foram vistas com preocupação pelo CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto. De acordo com o executivo, resultados financeiros não consideram os stackholderes ou satisfação de cliente. Para que empresas se tornem referência em alta performance, além de considerar todo o ecossistema do produto ou serviço, devem considerar uma liderança preparada, o foco estratégico e a cultura forte e alinhada. “Um líder preparado é aquele que tem capacidade de fazer escolhas e de manter o engajamento das equipes. O que engaja não é uma frase motivacional na parede, é o vínculo com a empresa. O custo invisível da falta de preparo é a perda de talentos. Onde falta liderança, sobra distanciamento e desmotivação”, exemplificou.
Na pesquisa apresentada, foram apresentados dados sobre o uso da IA nas decisões. Traduzir um grande volume de dados e antecipar riscos são os usos mais comuns pelas lideranças. Porém, destacou o CEO, a Inteligência Artificial “não faz milagres”. “Se o problema está na estratégia da empresa, a sigla que ela precisa não é IA, é RH”, comparou.
Entre os palestrantes, participou do evento o executivo Gustavo Caetano, fundador da Sambatech, startup mineira que nasceu em 2007 e se tornou um dos principais players no mercado de vídeos. Sócio de 14 empresas, Caetano contou como pensou, durante a faculdade, três anos antes da Sambatech, em criar uma plataforma de jogos de computador, prevendo o uso em larga escala da internet com a entrada da bandas mais potentes. “O líder tem que pensar muito adiante. Quando a gente pensa em uma tendência de mercado, é porque ela já existe”, observou.
O executivo entende que para ser inovador não precisa ser criativo. “Tem que ter processo”, conta, ao exemplificar o investimento que fez em 14 organizações, integrou conselhos de grandes empresas, como Baterias Moura e C&A, e comprou ações de uma empresa suíça que estuda superbactérias. Caetano também alertou para uma tempestade digital que está para chegar. “Não importa o tamanho da empresa, mas a agilidade do negócio. Tem que estar atento às tecnologias que estão chegando e tem que ter capacidade de tomar decisões rápidas. É a batalha de Davi contra Golias, é o ágil contra o lento”, exemplificou.
“Em breve, vamos dar um comando para a IA nos entregar filmes personalizados, vamos ter robôs ensinando robôs e carros dirigindo sozinhos”, acrescentou. Para sobreviver ao que chama de “tempestade digital”, Caetano sugere foco do cliente, uso estratégico da IA e a reinvenção de habilidades.

O Forum 2025 lotou o Teatro do Bourbon Country. O público, constituído de profissionais e executivos de diversas áreas, ouviram ainda palestras de nomes de referência em suas áreas, como o maior medalhista paralímpico brasileiro, Daniel Dias, que compartilhou aprendizados sobre superação, propósito e construção de equipes de alto rendimento; a country lead da Strava no Brasil, Rosana Fortes; o CEO da Haus e CMO Global do Grupo Stefanini, Guilherme Stefanini; o presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg; e o ex-integrante do SEAL Team 3 da Marinha dos Estados Unidos, JP Dinnell

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