Após o governo federal anunciar na quarta-feira (11) o novo pacote de impostos em substituição ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), setores do agronegócio manifestaram preocupação. A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) alegou que aumentar impostos, seja o IOF ou o pacote anunciado, diminui a participação do governo no Plano Safra.
Segundo o economista-chefe da Farsul, Antonio Da Luz, os valores emprestados aos produtores rurais despencaram em quase R$ 60 bilhões quando comparado ao ciclo anterior do programa. “O próprio relatório do Ministério da Agricultura, que mede o desempenho do crédito rural entre julho de 2024, quando começou o atual Plano Safra, em maio de 2025, aponta para uma redução de 15% nos valores concedidos em relação ao ano anterior”, afirma.
Segundo o economista-chefe da Farsul, Antonio Da Luz, os valores emprestados aos produtores rurais despencaram em quase R$ 60 bilhões quando comparado ao ciclo anterior do programa. “O próprio relatório do Ministério da Agricultura, que mede o desempenho do crédito rural entre julho de 2024, quando começou o atual Plano Safra, em maio de 2025, aponta para uma redução de 15% nos valores concedidos em relação ao ano anterior”, afirma.
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A maior consequência dessa queda consta nos contratos de custeio, que caíram em 16%, e de investimento, 6% a menos. “Estamos tendo cada vez menos produtores, porque o número de contratos também apresenta uma queda muito severa, e a maior parte desta queda aconteceu justamente nos recursos livres, estes que agora vão ser taxados”, alega Da Luz.
O novo pacote, que substitui o aumento do IOF, amplia a tributação sobre apostas esportivas (bets), criptoativos e investimentos isentos como Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) — estes dois últimos eram considerados recursos livres.
Para a Farsul, tributar a LCA, o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAS) e a Cédula de Produto Rural (CPR), — antes consideradas recursos livres de taxação — é diminuir a participação do estado no programa. “O governo diminui a sua participação no Plano Safra, aumenta a participação de recursos livres, que não tem nada a ver com o governo, e ainda por cima, tributa", finaliza.