Com obras previstas para serem executadas e concluídas em dez anos, o projeto de concessão rodoviária do Bloco 2 envolve seis rodovias nas regiões Norte e Vale do Taquari do Estado onde vivem cerca de 17,5% da população em 32 municípios. Na ERS-135, as ampliações previstas compreendem 40,5 quilômetros de duplicação e 26,8 quilômetros de terceiras faixas (67,3 km). A nova estrutura vai abranger as cidades de Erechim, Erebango, Getúlio Vargas, Estação, Sertão, Coxilha e Passo Fundo. Na ERS-324, está previsto 60,6 quilômetros para serem duplicados e 22,5 quilômetros em terceiras faixas (81km) que compreende as cidades de Coxilha, Passo Fundo, Marau, Vila Maria, Casca, Paraí, Nova Araçá, Serafina Corrêa, Nova Bassano, Nova Prata até Guaporé.
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Na ERS-130, as obras de ampliação passam pelos municípios de Encantado, Arroio do Meio, Lajeado e Estrela onde estão previstos 18,2 quilômetros de duplicação de rodovias e 9,9 quilômetros em terceiras faixas (27,4 km). Na ERS-129, são 7,4 quilômetros a serem duplicados abrangendo os municípios de Casca, Serafina Corrêa, Guaporé, Dois Lajeados, Vespasiano Corrêa, Muçum e Encantado. Na ERS-128, o projeto de concessão prevê 3,7 quilômetros de duplicação entre os municípios de Teutônia e Fazenda Vilanova. Na ERS-453, a proposta é de 44,1 quilômetros a serem duplicados e 13,4 quilômetros em terceiras faixas (57,5 km) a partir dos municípios de Venâncio Aires, Mato Leitão, Cruzeiro do Sul, Lajeado, Estrela, Teutônia, Westfália, Boa Vista do Sul e Garibaldi.
O novo projeto do Bloco 2 prevê 174,5 quilômetros de duplicações e 72,5 quilômetros de terceiras faixas previstas. O período para execução e conclusão das obras será de dez anos. Atualmente, as rodovias administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) possuem pistas simples e apenas alguns trechos com terceiras faixas.
A Secretaria da Reconstrução Gaúcha afirma que a estruturação dos projetos viários leva em conta obras com foco na resiliência, abrangendo 15 pontes em cota elevada e acréscimo de camada drenante nas duplicações em áreas afetadas pela enchente. Outras melhorias previstas na concessão são a implementação de mais de 323 quilômetros de acostamentos, 61,5 quilômetros de marginais e 32 passarelas para pedestres. Também estão previstos socorro mecânico e médico 24 horas, monitoramento por câmeras e bases de atendimento aos usuários.
Concorrência acirrada pode reduzir valor do pedágio em 20% a 30%, diz Dalla Roza
O presidente da Associação Comercial, Cultural e Industrial de Erechim (Accie), Darlan Dalla Roza, destaca que os valores dos pedágios na região Norte do Estado ainda podem baixar mais. "Considero R$ 0,18 o km ou R$ 0,19 o km ainda um preço alto. Se tiver uma concorrência acirrada o valor pode baixar entre 20% a 30%", comenta. O presidente da Accie afirma que o valor é mais acessível e cabe no bolso do cidadão da região Norte. "O ideal seria que o valor do pedágio ficasse entre R$ 12,00 e R$ 13,00 a ida e a volta", considera.
Dalla Roza acredita que o governo estadual encontre mais uma alguma forma de redução para baixar as tarifas de pedágio. "Os empresários e a população estão com uma incidência gigantesca de tributos. A sociedade não tem quase capacidade de pagamento com tantos impostos", acrescenta. Sobre o Bloco 2 das concessões, Dalla Roza destaca a grande ocorrência de acidentes na ERS-135, principalmente no trecho de Passo Fundo a Erechim. "Todos os dias nesse trecho da rodovia tem acontecido inúmeros acidentes, alguns com perda de vidas", comenta. É um local, segundo o presidente da Accie, que não tem trevo de acesso e não há pista de desaceleração para os motoristas que ingressam e saem da rodovia.
Darlan Dalla Roza, presidente da Accie, destaca que valores dos pedágios podem baixar de 20% a 30% na Região Norte
Tânia Meinerz/JC