Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 04 de Junho de 2025 às 16:13

Reforma Tributária frustrou em relação a simplificação e a redução de alíquotas, diz Piccinini

Piccinini afirma que carga tributária brasileira é muito elevada e restringe crescimento econômico

Piccinini afirma que carga tributária brasileira é muito elevada e restringe crescimento econômico

TÂNIA MEINERZ/JC
Compartilhe:
Cláudio Isaías
Cláudio Isaías Repórter
"A carga tributária no Brasil é muito elevada e isso restringe o crescimento econômico. A nova reforma tributária do Brasil que será implementada a partir de 2026 ficou aquém do que a sociedade imaginava. Porém, se espera que ela traga benefícios como a simplificação dos processos e maior justiça no sentido que mais pessoas paguem os impostos." A análise foi feita por Joarez José Piccinini, diretor de Relações Institucionais da Randoncorp e presidente do Conselho do Banco Randon, participou nesta quarta-feira (4) do Tá na Mesa da Federasul. Segundo Piccinini, o importante é que a sociedade brasileira (todos os poderes Executivo, Legislativo e Judicário) mirem em uma redução de carga tributária. "Temos no Brasil uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo e isso restringe o crescimento econômico", acrescenta.
"A carga tributária no Brasil é muito elevada e isso restringe o crescimento econômico. A nova reforma tributária do Brasil que será implementada a partir de 2026 ficou aquém do que a sociedade imaginava. Porém, se espera que ela traga benefícios como a simplificação dos processos e maior justiça no sentido que mais pessoas paguem os impostos." A análise foi feita por Joarez José Piccinini, diretor de Relações Institucionais da Randoncorp e presidente do Conselho do Banco Randon, participou nesta quarta-feira (4) do Tá na Mesa da Federasul. Segundo Piccinini, o importante é que a sociedade brasileira (todos os poderes Executivo, Legislativo e Judicário) mirem em uma redução de carga tributária. "Temos no Brasil uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo e isso restringe o crescimento econômico", acrescenta.
Jornal do Comércio - Como a Reforma Tributária vai impactar os diferentes setores da economia gaúcha?
Joarez José Piccinini - A reforma tributária que levou décadas para ser implementada sempre foi bem-vinda por todos os setores da sociedade no sentido de trazer simplificação e modernização do sistema de tributação. Claro, que se esperava que tivesse a redução da carga tributária. Não teve porque temos um gasto público muito elevado e esse gasto público tem que ser financiado com arrecadação. E, para arrecadar, tem que ter uma alíquota de nível do tamanho do nosso gasto público. Sempre defendi que, antes da reforma tributária, o Brasil deveria ter feito a reforma administrativa. Uma reforma que modernizasse o estado e que tornasse o gasto mais eficiente. Infelizmente, não tivemos isso e se volta de tempos em tempos a discutir a reforma administrativa e que se espera que ao longo do tempo nesse período de transição da reforma tributária se consiga fazer mais reformas (administrativa e política) que deverão reduzir o gasto público e que permitam a redução das alíquotas de impostos. A carga tributária no Brasil é muito elevada e isso restringe o crescimento econômico. A reforma tributária do Brasil ficou aquém do que a gente imaginava, mas se espera que ela traga benefícios como a simplificação do processo e maior justiça no sentido que mais pessoas paguem impostos. É que tudo isso traga em algum momento a possiblidade da redução da carga efetiva, ou seja, uma base maior de contribuintes impactando menos para os que pagam. Hoje, poucos pagam e pagam muito. O governo federal precisa investir muito na digitalização do serviço público e redução da máquina pública que e é muito cara proporcionalmente ao Produto Interno Bruto (PIB). O importante é que a sociedade brasileira (todos os poderes) mirem em uma redução de carga tributária porque temos no Brasil uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo e isso restringe o crescimento econômico.
JC - Quais serão os principais desafios da Randoncorp e do Banco Randon para a implementação do novo sistema tributário em 2026?
Piccinini - Nossas equipes têm trabalhado incessantemente com base no novo sistema tributário. O desafio é preparar sistemas e todas as avaliações. E evidentemente como fazemos há 77 anos atendemos as exigências e complexidades do sistema brasileiro. Estamos trabalhando para estarmos aptos a atender aquilo que é exigido pela nova reforma tributária brasileira que passa a vigorar a partir de 2026.
JC - Quais as oportunidades a Randoncorp acredita que a Reforma Tributária poderá trazer para o País?
Piccinini - A reforma tributária do Brasil ficou aquém do que a gente imaginava, mas se espera que ela traga benefícios como a simplificação do processo e maior justiça no sentido que mais pessoas paguem os impostos. É que tudo isso traga em algum momento a possiblidade da redução da carga efetiva, ou seja, uma base maior de contribuintes impactando menos para os que pagam. Hoje, poucos pagam e pagam muito no País. A gente precisa ampliar essa base e a racionalização do gasto público. O governo federal precisa investir muito na digitalização do serviço público e redução da máquina pública que e é muito cara proporcionalmente ao Produto Interno Bruto (PIB). 
JC - Com o novo sistema tributário, o senhor entende que setores como a indústria, serviços e o agronegócio precisarão reavaliar a sua cadeia produtiva?
Piccinini - A reforma tributária vai resultar numa forma diferente de tomada de crédito. As empresas, com suas equipes de tributaristas, estão debruçadas nessas questões e discutimos através das nossas entidades com o Congresso Nacional e o governo federal nossas propostas para construir algo que seja bem para todos - empresas e a sociedade. Quando digo bem para todos é que permita o desenvolvimento econômico, a criação de empregos e renda e em última análise permita que haja arrecadação.

Notícias relacionadas