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Publicada em 20 de Maio de 2025 às 21:06

Indústria calçadista ultrapassa patamares produtivos da pré-pandemia

Segundo presidente-executivo da Abicalçados, a indústria deve crescer entre 1,4% e 2,2%, no maior volume de calçados produzidos em 11 anos

Segundo presidente-executivo da Abicalçados, a indústria deve crescer entre 1,4% e 2,2%, no maior volume de calçados produzidos em 11 anos

Abicalçados/Divulgação/JC
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Indústria calçadista brasileira ultrapassa números da pré-pandemia com o crescimento de 4,3% na produção em 2024. Alcançando os dados de 2019, mais de 929 milhões de pares foram produzidos. O dado foi apresentado hoje (20), na BFSHOW, feira calçadista que acontece no Distrito Anhembi, em São Paulo/SP, entre os dias 19 e 20 de maio.Em coletiva de imprensa na ocasião, também foi lançado o Relatório Indústria de Calçados - Brasil 2025, publicado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o presidente-executivo da entidade calçadista, Haroldo Ferreira, destacou as projeções para o ano. Segundo ele, em 2025, a indústria deve crescer entre 1,4% e 2,2%, chegando ao maior volume de calçados produzidos em 11 anos (entre 942,5 milhões e 949,9 milhões de pares produzidos). "A BFSHOW vem mostrando que chegaremos a esses números, que devem ser impulsionados, principalmente, pelas exportações, que devem crescer entre 2,1% e 5,2% ao longo do ano", projetou. Já o consumo interno, que foi o motor do crescimento no ano passado, quando cresceu 8,4%, deve crescer menos. Ferreira frisou que, no primeiro trimestre de 2025, o crescimento da produção ficou em torno de 1%, ainda abaixo da banda projetada. "Porém, nos próximos meses devemos registrar um incremento mais significativo", disse.
Indústria calçadista brasileira ultrapassa números da pré-pandemia com o crescimento de 4,3% na produção em 2024. Alcançando os dados de 2019, mais de 929 milhões de pares foram produzidos. O dado foi apresentado hoje (20), na BFSHOW, feira calçadista que acontece no Distrito Anhembi, em São Paulo/SP, entre os dias 19 e 20 de maio.

Em coletiva de imprensa na ocasião, também foi lançado o Relatório Indústria de Calçados - Brasil 2025, publicado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), o presidente-executivo da entidade calçadista, Haroldo Ferreira, destacou as projeções para o ano. Segundo ele, em 2025, a indústria deve crescer entre 1,4% e 2,2%, chegando ao maior volume de calçados produzidos em 11 anos (entre 942,5 milhões e 949,9 milhões de pares produzidos). "A BFSHOW vem mostrando que chegaremos a esses números, que devem ser impulsionados, principalmente, pelas exportações, que devem crescer entre 2,1% e 5,2% ao longo do ano", projetou. Já o consumo interno, que foi o motor do crescimento no ano passado, quando cresceu 8,4%, deve crescer menos. Ferreira frisou que, no primeiro trimestre de 2025, o crescimento da produção ficou em torno de 1%, ainda abaixo da banda projetada. "Porém, nos próximos meses devemos registrar um incremento mais significativo", disse.

Estados Unidos

O executivo da Abicalçados destacou que as projeções mais otimistas levam em consideração reflexos da guerra tributária entre Estados Unidos e China, que tem feito com que compradores norte-americanos busquem mais o mercado brasileiro. "Embora tudo possa mudar, bastando um canetaço de Trump, existe uma instabilidade no mercado e os compradores dos Estados Unidos vêm buscando fornecedores alternativos aos chineses", explicou, ressaltando a presença de muitos compradores norte-americanos na BFSHOW.

Importações

"Mas nem todas as notícias são positivas". Dessa forma Ferreira introduziu um tema que tem preocupado a indústria calçadista nacional: as importações. Segundo ele, com a guerra comercial em curso, os exportadores chineses vêm buscando "desovar" sua produção em mercados que não o norte-americano, inundando não somente mercados cativos para o calçado brasileiro no exterior, mas o próprio mercado interno. "No primeiro quadrimestre, as importações alcançaram 16,6 milhões de pares, 28% mais do que no mesmo período do ano passado. Desses, a maior parte são provenientes da China, Vietnã e Indonésia", comentou.

Para conter o problema da invasão de calçados asiáticos, o dirigente da Abicalçados frisou que a entidade vem trabalhando com o Governo Federal para o aperfeiçoamento de mecanismos de defesa comercial, como as cotas de importação. Conforme levantamento da Inteligência de Mercado da Abicalçados, a cada 1 milhão de pares importados são perdidas, ou deixadas de serem criadas, 2,2 mil vagas na indústria calçadista brasileira. "É um problema muito sério e que vem sendo trabalho no âmbito federal", concluiu.

Dados 2024

PRODUÇÃO DE CALÇADOS (TRIMESTRE); +0,8% em relação ao mesmo período de 2024, para 212 milhões de pares;
CONSUMO INTERNO (TRIMESTRE): +0,1% em relação ao mesmo período de 2024;
EXPORTAÇÕES US$ (QUADRIMESTRE): +1,5% (US$ 349 milhões);
EXPORTAÇÕES PARES (QUADRIMESTRE):+9,7% (39 milhões de pares);
DESTINOS QUADRIMESTRE: ARG (passou os EUA), EUA e FRA (em US$);
ORIGENS QUADRIMESTRE: RS, CE e SP (em US$)
IMPORTAÇÕES US$ (QUADRIMESTRE): +23,4% (US$ 188,9 milhões);
IMPORTAÇÕES PARES (QUADRIMESTRE): +28,3% (16,5 milhões de pares);
EMPREGO (TRIMESTRE): Criados +9 mil postos no período, terminando março com 291,3 mil postos diretos na atividade, 1,5% mais do que no ínterim correspondente de 2024.

Projeções 2025

PRODUÇÃO EM PARES: Crescimento entre 1,4% e 2,2% (o maior volume em 11 anos);
EXPORTAÇÕES EM US$: Crescimento entre 2,1% e 5,2%;
EXPORTAÇÕES EM PARES: Crescimento entre 1,2% e 4,1%.




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