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Publicada em 20 de Maio de 2025 às 18:10

Três municípios concentram mais de um terço dos empregos da indústria química gaúcha

Polo petroquímico é um dos empreendimentos que gera maior quantidade de postos de trabalho

Polo petroquímico é um dos empreendimentos que gera maior quantidade de postos de trabalho

JEFFERSON BERNARDES/BRASKEM/DIVULGAÇÃO/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Os municípios de Rio Grande, Triunfo e Porto Alegre somaram 36,4% do número de empregos da indústria química no Estado, em 2023. Naquele ano, o Rio Grande do Sul registrou 18.762 postos de trabalho nesse setor. A informação consta na segunda edição da série DEE Setorial, publicada recentemente pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), que apresenta um panorama detalhado da indústria química brasileira e gaúcha.
Os municípios de Rio Grande, Triunfo e Porto Alegre somaram 36,4% do número de empregos da indústria química no Estado, em 2023. Naquele ano, o Rio Grande do Sul registrou 18.762 postos de trabalho nesse setor. A informação consta na segunda edição da série DEE Setorial, publicada recentemente pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), que apresenta um panorama detalhado da indústria química brasileira e gaúcha.
As cidades destacadas pelo estudo concentram diferentes operações dentro da cadeia química, como a fabricação de fertilizantes em Rio Grande e a presença do Polo Petroquímico em Triunfo. Segundo a publicação do DEE, a atividade do setor químico que mais gera empregos é a fabricação de produtos petroquímicos básicos, muito utilizados na produção de plástico e borracha.
No Polo de Triunfo, onde se fabrica esses materiais, localizam-se seis empresas: Arlanxeo, Braskem, GS Inima Brasil, Innova, Indorama e White Martins. No complexo, são produzidos insumos básicos (eteno, propeno, butadieno, MTBE e solventes) e alguns outros produtos, como polietileno, polipropileno, borracha sintética, metiletilcetona, etilbenzeno, estireno e poliestireno.
A DEE Setorial ainda ressalta que, no Rio Grande do Sul, as atividades com maior número de empregos no setor químico concentram-se, tradicionalmente, na fabricação de produtos químicos inorgânicos e orgânicos, preparados químicos diversos e fabricação de sabões, detergentes, artigos de limpeza, cosméticos e itens de perfumaria e de higiene pessoal. No total do País, em dezembro de 2023, o estoque de empregos formais da fabricação de produtos químicos foi de 321.069 trabalhadores.
Os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia representaram, juntos, 70,1% do dos empregados. A indústria química gaúcha respondeu por 5,8%, ficando na quarta posição e os paulistas tiveram o melhor resultado com 45,9% de participação (147.370 pessoas atuando no segmento).
Também conforme a publicação, em 2023 o Rio Grande do Sul foi o segundo estado que mais exportou produtos químicos (ficando atrás novamente apenas de São Paulo) somando US$ 1,3 bilhão, o equivalente a 11,2% das exportações nacionais do setor. Mesmo assim, o Estado, aponta o levantamento, registrou queda contínua na participação nacional desde 2013, reflexo da perda de competitividade que explica, inclusive, o avanço das importações no segmento.

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