O empreendimento batizado de Sol dos Molhes deve iniciar ainda neste ano a geração fotovoltaica de energia no município de Rio Grande. O nome do complexo faz referência aos corredores formados por pedras que protegem os navios das condições do mar durante a entrada no porto gaúcho, que ficam próximos do local onde será instalada a usina, no distrito industrial rio-grandino.
O sócio do Sol dos Molhes, Cristiano Rotta Gonçalves, informa que o parque solar deverá começar a gerar energia no segundo semestre e em 2026 chegará a potência total prevista na primeira fase da iniciativa. Na etapa inicial, o projeto ocupará cerca de 10 hectares e serão instaladas 5,6 mil placas fotovoltaicas que terão uma capacidade para 2,5 MW (suficiente para atender ao consumo de mais de 1 mil residências).
A geração será utilizada para uso próprio de empresas envolvidas com o empreendimento e pode também ser alugada para terceiros. Além da usina fotovoltaica, o complexo prevê ambientes para eventos e reuniões, estacionamento e a criação do Instituto Vagoneta (nome que é uma referência a um carrinho que sobre trilhos e propelido à vela, com ajuda do vento, permite o percurso da extensão dos molhes de Rio Grande).
Esse espaço será voltado para divulgar a região, fomentar o ESG (sigla em inglês que significa meio ambiente, social e governança), impulsionar o turismo, proporcionar eventos, cursos e workshops, promover o empreendedorismo, a geração de novos talentos e projetos sociais e culturais. “Como tem o Instituto Caldeira, em Porto Alegre, nós estamos (desenvolvendo) o nosso aqui, regional”, exemplifica Gonçalves. Essa primeira fase do empreendimento contará com um investimento de aproximadamente R$ 12 milhões.
Posteriormente, a expectativa é que o aporte chegue a cerca de R$ 54 milhões, abrangendo a expansão da capacidade de geração de energia, para 13 MW, e mais unidades para a realização de atividades diversas e uma estação de tratamento de efluentes. “Compramos 10 hectares para a primeira fase e temos reservados mais 30 hectares para a ampliação”, diz Gonçalves. O sócio do Sol dos Molhes ressalta que o distrito industrial rio-grandino, que pertence ao governo do Estado, possui mais de 800 hectares disponíveis para a instalação de novos projetos.