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Publicada em 12 de Março de 2025 às 11:41

Representantes empresariais e do comércio gaúcho iniciam negociação coletiva

O encontro ocorreu na terça-feira (11), na sede da Fecomércio-RS

O encontro ocorreu na terça-feira (11), na sede da Fecomércio-RS

Haroldo Britto/Divulgação/JC
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Maria Amélia Vargas
Maria Amélia Vargas Repórter
Com base no desempenho do comércio varejista gaúcho, que atingiu em 2024 um crescimento real de 8,4% no volume de vendas acumulado (IBGE), representantes da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (Fecosul) e da Fecomércio realizaram a primeira reunião de negociação do ano. O encontro ocorreu, na terça-feira (11), na Fecomércio, em Porto Alegre.
Com base no desempenho do comércio varejista gaúcho, que atingiu em 2024 um crescimento real de 8,4% no volume de vendas acumulado (IBGE), representantes da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul (Fecosul) e da Fecomércio realizaram a primeira reunião de negociação do ano. O encontro ocorreu, na terça-feira (11), na Fecomércio, em Porto Alegre.
Dados divulgados em fevereiro pela Secretaria da Fazenda do RS (Sefaz) apontam um volume de vendas no comércio de R$ 257 bilhões no acumulado do ano passado, que corresponde a um crescimento de 8,1% em relação ao ano anterior. O levantamento da Receita Estadual considera documentos fiscais de transações de produtos sujeitos à incidência do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Entre as reinvindicações da categoria estão reajuste salarial de 10% (com igualdade de gêneros), valorização dos direitos da Convenção Coletiva de Trabalho; aumento do piso para R$ 2,5 mil; implementação da escala 5x2 e fim da escala 6x1; licença maternidade de 180 dias e paternidade de 20 dias; fim do trabalho intermitente; além da solicitação de novos benefícios (como auxílio-estudante, vale-refeição e transporte gratuito).
Na avaliação do presidente da Fecosul RS, Guiomar Vidor, os tópicos elencados podem ajudar na dificuldade de contratação de mão de obra para o setor. “Diante dos números positivos, entendemos que está na hora de haver uma valorização para a categoria, mesmo porque o setor do comércio está encontrando grandes dificuldades para contratar mão de obra. Os trabalhadores não estão querendo mais comércio por conta dos baixos salários, das altas jornadas, do trabalho aos domingos e feriados, da escala 6 por 1.”
Outro argumento usado pela instituição trabalhista é o fato de o País passar por um bom momento em relação à empregabilidade. “Estamos vivenciando a menor taxa de desemprego desde 2012, quando o IBGE começou a calcular, com 103,3 milhões de brasileiros declarados como ocupados. Estes, juntos, recebem uma média mensal de R$ 328,9 bilhões, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), dinheiro que ajuda a movimentar a economia”, destaca Vidor.
Consultada pela reportagem do Jornal do Comércio, a Fecomércio informou que ainda está analisado as propostas. De acordo com a Fecosul, há previsão de nova reunião para daqui a duas semanas.

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