A cesta básica teve queda de 0,12% em fevereiro em Porto Alegre, custando R$ 769,74 no período. Segundo o levantamento do Dieese, o resultado é a segunda retração seguida, após o recuo de 1,67% em janeiro.
Dos 13 itens pesquisados, oito recuaram no mês passado: tomate (-13,15%), batata (-3,65%), feijão (-2,24%) óleo de soja (-2,02%), banana (-1,92%), arroz (-1,48%), manteiga (-1,32%) e pão (-0,07%). Por outro lado, cinco produtos ficaram mais caros: café (13,99%), farinha de trigo (2,63%), leite (2,35%), açúcar (2,17%) e carne (1,33%).
Nos primeiros dois meses do ano, a cesta básica acumula queda de -1,78%. No ano, sete produtos ficaram mais baratos: batata (-48,79%), tomate (-15,04%), arroz (-6,54%), banana (-5,37%), feijão (-4,98%), manteiga (-0,97%) e óleo de soja (-0,72%).
Em sentido oposto, seis itens ficaram mais caros: café (29,34%), carne (3,12%), farinha de trigo (2,63%), açúcar (1,95%), pão (1,65%) e leite (0,57%). No acumulado dos últimos 12 meses, foram registradas queda em sete dos 13 produtos da cesta: batata (-67,45%), tomate (-51,09%), feijão (-19,93%), arroz (-15,25%), açúcar (-9,42%) farinha de trigo (-8,24%) e banana (-0,97%). Outros seis itens acumularam altas: café (78,58%), óleo de soja (24,49%), leite (13,97%), carne (13,89%), pão (8,14%) e manteiga (5,16%).
Em fevereiro de 2025, o trabalhador de Porto Alegre, remunerado pelo salário-mínimo de R$ 1.518,00, precisou trabalhar 111 horas e 34 minutos para adquirir a cesta básica. Em janeiro de 2025, o tempo de trabalho necessário foi de 111 horas e 41 minutos e em fevereiro do ano passado de 124 horas e 09 minutos.
Considerando o salário-mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, no primeiro mês de 2025, 54,82% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Já em janeiro de 2025, o percentual foi de 54,88% e em fevereiro de 2024 de 61,01%.
A cesta básica subiu em 14 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre janeiro e fevereiro de 2025, as elevações mais importantes ocorreram em Recife (4,44%), João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%). Já as reduções foram observadas em três capitais: Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 860,53), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 814,90), por Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80).
A comparação dos valores da cesta, entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025, mostrou que 14 capitais tiveram alta de preço, com variações entre 1,87%, em Vitória, e 13,22%, em Fortaleza. As quedas ocorreram em Porto Alegre (-3,40%), Rio de Janeiro (-2,15%) e Belo Horizonte (-0,20%).
Nos dois primeiros meses do ano, o custo da cesta básica aumentou em 14 cidades, com destaque para as variações no Nordeste e no Norte: Salvador (7,69%), Recife (6,29%), Fortaleza (5,48%) e Belém (5,14%). As quedas aconteceram em Porto Alegre (-1,78%), Vitória (-0,26%) e Florianópolis (-0,22%).