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Publicada em 10 de Fevereiro de 2025 às 01:25

Poços na Bacia de Pelotas ficam para 2028

Se confirmada a presença de óleo ou gás, estatal acredita que produção poderá iniciar em 2030

Se confirmada a presença de óleo ou gás, estatal acredita que produção poderá iniciar em 2030

/CARL DE SOUZA/AFP/JC
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Jefferson Klein
Jefferson Klein Repórter
Ainda será necessário esperar alguns anos para averiguar a presença de petróleo e gás na Bacia de Pelotas (área que envolve toda a costa gaúcha, se estendendo do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai). No momento, a Petrobras está na fase inicial de estudos da região, com foco na aquisição de dados sísmicos, o que deverá se estender até 2026. Já a etapa seguinte do processo, a perfuração de poços, deve ocorrer até 2028, estima o diretor da consultoria ES-Petro, Edson Silva.
Ainda será necessário esperar alguns anos para averiguar a presença de petróleo e gás na Bacia de Pelotas (área que envolve toda a costa gaúcha, se estendendo do Sul de Santa Catarina até a fronteira com o Uruguai). No momento, a Petrobras está na fase inicial de estudos da região, com foco na aquisição de dados sísmicos, o que deverá se estender até 2026. Já a etapa seguinte do processo, a perfuração de poços, deve ocorrer até 2028, estima o diretor da consultoria ES-Petro, Edson Silva.
O consultor calcula que, confirmando a presença de óleo ou gás, a produção poderá ter início em 2030. Porém, Silva ressalta que o cronograma pode variar, dependendo de fatores como clima e profundidade das águas. O último poço perfurado na Bacia de Pelotas foi em 2001.
O especialista ressalta que apenas a perfuração de um poço pode dar a certeza de que existe ou não petróleo na bacia, apesar do trabalho de sísmica, com o avanço tecnológico, ter hoje um elevado grau de precisão.
"A realização do poço acontecerá se o estudo sísmico indicar alguma área onde é recomendada essa ação", enfatiza o consultor.
Em nota, a Petrobras reforça que a pesquisa sísmica "proporcionará um dado relevante e de fundamental importância no planejamento de estudos futuros para a avaliação do potencial da região". Segundo informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já foram concedidas duas licenças para a realização de pesquisas sísmicas na Bacia de Pelotas, além do recebimento de outros dez pedidos para novas autorizações.
O interesse pela área se intensificou a partir de dezembro de 2023, quando houve leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo e Biocombustíveis (ANP) em que 44 blocos dessa região foram arrematados, sendo que 29 deles pela Petrobras (que contou com parceiras como a Shell Brasil e a chinesa CNOOC). O diretor da consultoria ES-Petro recorda que as empresas que venceram a concorrência por essas áreas pagaram bônus no montante de R$ 299 milhões para a União e se comprometeram com investimentos dentro do Programa Exploratório Mínimo (PEM) na ordem de R$ 1,56 bilhão.

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