Porto Alegre,

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Publicada em 06 de Fevereiro de 2025 às 15:02

Apesar de redução, Porto Alegre tem a quarta cesta básica mais cara do País em janeiro

Preço do conjunto registrou queda para R$770,63 no mês de janeiro

Preço do conjunto registrou queda para R$770,63 no mês de janeiro

FREDY VIEIRA/arquivo/JC
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A cesta básica de Porto Alegre apresentou redução de 1,67% no custo em janeiro, a mais acentuada dentre as 17 capitais pesquisadas no levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apesar da redução, o preço do conjunto estava em R$ 770,63, o quarto maior do País no mês.
A cesta básica de Porto Alegre apresentou redução de 1,67% no custo em janeiro, a mais acentuada dentre as 17 capitais pesquisadas no levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apesar da redução, o preço do conjunto estava em R$ 770,63, o quarto maior do País no mês.
O maior preço do Brasil consta em São Paulo, R$ 851,82, seguido por Florianópolis R$ 808,75, e Rio de Janeiro R$ 802,88. Porém, os aumentos importantes ocorreram no Norte e no Nordeste: Salvador (6,22%), Belém (4,80%) e Fortaleza (3,96%). Já as diminuições, além da capital gaúcha, também ocorreram em Vitória (-1,62%), em Campo Grande (-0,79%) e em Florianópolis (-0,09%).
Sete dos 13 itens da cesta de Porto Alegre apresentaram quedas no mês. As mais acentuadas foram na batata, de 46,85%, no arroz, em 5,14% e na banana, em 3,52%.
Em contrapartida, ficou mais caro o café, com aumento de 13,47% no preço, assim como o pão francês, em 1,72% e o óleo, que aumentou 1,33% no custo para o consumidor. No caso do café, os aumentos refletiram a oferta mundial restrita e a especulação do grão nas bolsas. Já em relação ao pão francês, o Dieese argumenta que a menor oferta de trigo nacional e a necessidade maior de importação com um câmbio desvalorizado encareceram a farinha de panificação.
Porto Alegre, juntamente com Vitória, foram as únicas cidades a ter um tomate mais barato, entre dezembro e janeiro. Para o órgão, o maior volume de chuvas reduziu a oferta e a qualidade do tomate, o que provocou a elevação de preço.
A pesquisa ainda ressalta que, no mês de janeiro, considerando o salário mínimo, após o desconto de 7,5% da Previdência, o morador de Porto Alegre precisou trabalhar 111 horas e 41 minutos para adquirir a cesta básica. Ainda, para a compra, precisaria comprometer 54,88% da remuneração para adquirir os produtos, o que seria suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em dezembro do ano passado, quando o salário mínimo era de R$ 1.412, o tempo de trabalho necessário foi 123 horas e 16 minutos, enquanto a renda comprometida, 60%.
Com base na cesta mais cara, em São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, a entidade calcula que o valor necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.156,15 ou 4,71 vezes o mínimo de R$ 1.518,00.

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