O ano de 2024 foi marcado por uma desaceleração nos preços dos aluguéis de imóveis, por descontos reduzidos e por uma valorização menores nas principais capitais brasileiras. Este panorama consta do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado nesta segunda-feira (13). O levantamento aponta que Porto Alegre teve um ano atípico em razão do desastre ambiental que impactou significativamente o mercado de locação. Na capital gaúcha, o ano fechou com uma alta ligeiramente maior no valor do aluguel que no ano anterior - mas pouco representativa (uma diferença menor que 1%).
Apesar da alta acumulada menor, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba fecharam o ano de 2024 com o maior valor nominal do metro quadrado já registrado em toda a série histórica do indicador, iniciada em 2019. As únicas exceções foram Porto Alegre e Brasília.
Para Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, o crescimento da economia, com a queda do desemprego e o aumento real da renda das famílias, acabou favorecendo o aumento do custo em 2024, ainda que em menor nível que o observado nos anos anteriores. "Para este ano, não há sinais de que esse cenário irá se alterar. A possibilidade de aumento da taxa Selic e as novas regras para financiamento da Caixa Econômica Federal devem fazer com que muitos acabem adiando o sonho da casa própria. Com isso, a demanda pelo aluguel deve crescer e os preços devem continuar subindo", destaca.
Após a recuperação das perdas durante a pandemia da Covid-19 em 2023 e de um processo intenso de aceleração nos preços, o que se notou no ano passado, segundo o levantamento foi um arrefecimento. Os preços continuaram a subir, mas não na mesma proporção que no ano anterior. As altas acumuladas em 2024 não passaram dos 15% em nenhuma das seis capitais analisadas - situação bem diferente da observada no final de 2023, quando Belo Horizonte chegou a expressivos 22,88% e Curitiba, a 21,03%. "Não são altas inexpressivas, principalmente se comparadas à inflação acumulada em 2024. Mas mostram uma mudança no cenário", explica Reis.
Após a recuperação das perdas durante a pandemia da Covid-19 em 2023 e de um processo intenso de aceleração nos preços, o que se notou no ano passado, segundo o levantamento foi um arrefecimento. Os preços continuaram a subir, mas não na mesma proporção que no ano anterior. As altas acumuladas em 2024 não passaram dos 15% em nenhuma das seis capitais analisadas - situação bem diferente da observada no final de 2023, quando Belo Horizonte chegou a expressivos 22,88% e Curitiba, a 21,03%. "Não são altas inexpressivas, principalmente se comparadas à inflação acumulada em 2024. Mas mostram uma mudança no cenário", explica Reis.
Apenas Brasília teve, de fato, um crescimento maior. Em 2023, a capital federal registrou uma alta acumulada no ano de 9,09%. Em 2024, esse percentual foi a 15,73%. No último mês do ano, porém, a cidade teve uma queda no preço, após meses de altas consecutivas. Diferentemente de 2023, o ano passado também foi marcado pela valorização dos apartamentos menores, de um quarto. O preço médio do metro quadrado dessas unidades cresceu mais que o de imóveis de dois e três dormitórios na maioria das cidades analisadas.
Um exemplo que retrata bem essa nova realidade é a Vila Olímpia. O preço do metro quadrado no bairro da zona Sul de São Paulo, que apresenta uma grande oferta de microapartamentos, ultrapassou os R$ 100. A região é a mais cara da cidade e só perde para o Leblon, no Rio de Janeiro, entre todas as capitais analisadas. E se no final de 2023 o desconto médio nas negociações havia diminuído consideravelmente, em 2024 esse processo se acentuou ainda mais. Todas as cidades fecharam o ano com percentuais mais baixos que os registrados um ano atrás - no caso de Brasília, ele se manteve igual.