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Publicada em 10 de Janeiro de 2025 às 01:25

Dólar registra queda de 1,10% e chega a R$ 6,042

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O dólar fechou em forte queda de 1,10% nesta quinta-feira, cotado a R$ 6,042 - menor valor desde 20 de dezembro, quando encerrou a R$ 6,071. Já a Bolsa subiu 0,13%, aos 119.780 pontos, embalada por notícias de uma possível fusão da Gol com a Azul.
O dólar fechou em forte queda de 1,10% nesta quinta-feira, cotado a R$ 6,042 - menor valor desde 20 de dezembro, quando encerrou a R$ 6,071. Já a Bolsa subiu 0,13%, aos 119.780 pontos, embalada por notícias de uma possível fusão da Gol com a Azul.
O dia foi de liquidez reduzida, uma vez que os mercados dos Estados Unidos permaneceram fechados por causa do funeral do ex-presidente Jimmy Carter. Trata-se de uma tradição norte-americana de longa data, na qual as operações financeiras são interrompidas após o falecimento de um ex-mandatário.
Os ativos foram afetados por um leilão de títulos pré-fixados realizado pelo Tesouro Nacional nesta sessão.
Quase todos os papéis ofertados foram vendidos. O lote incluiu 2,5 milhões de NTN-Fs, títulos prefixados de longo prazo que costumam atrair investidores estrangeiros.
"Teve uma demanda melhor do que a esperada, e isso fez com que os juros futuros recuassem nesta sessão. O alívio também apareceu no câmbio, demonstrando um fluxo cambial direcionado para o Brasil", diz Wagner Varejão, economista da Valor Investimentos.
O volume vendido não costuma alterar tanto a dinâmica do mercado em dias usuais. Como a sessão foi de baixa liquidez por conta do feriado de luto oficial nos EUA, o efeito foi mais expressivo.
Fora o leilão, a quinta-feira foi de agenda esvaziada, "sem um gatilho específico", diz Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas.
O foco, então, foi direcionado às duas grandes pautas do início do ano: o novo governo de Donald Trump nos EUA e os juros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano). O republicano toma posse no dia 20 de janeiro, e a expectativa é sobre qual será a política tarifária da maior economia do mundo.
Na segunda-feira, uma reportagem do The Washigton Post indicou que assessores do presidente eleito estavam considerando taxar apenas importações de setores críticos para o país.
A notícia, um recuo da abordagem mais agressiva prometida por Trump durante a campanha eleitoral, inspirou apetite por ativos de maior risco no mercado e causou a queda do dólar por duas sessões consecutivas.
Mas Trump logo refutou a publicação e, na quarta, a CNN informou que o republicano estaria estudando declarar emergência econômica nacional para ter uma justificativa legal na imposição de tarifas sobre aliados e adversários.

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