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Publicada em 14 de Dezembro de 2024 às 18:19

Lojas do Centro registram pouco movimento no segundo sábado de dezembro

Assim como outros comerciantes da região, a gerente da loja Bel Shop, Gabriela Silva Santos, afirma que as vendas de Natal ainda "não iniciaram, de fato"

Assim como outros comerciantes da região, a gerente da loja Bel Shop, Gabriela Silva Santos, afirma que as vendas de Natal ainda "não iniciaram, de fato"

Andressa Pufal/JC
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Adriana Lampert
Adriana Lampert Repórter
O movimento do comércio do Centro de Porto Alegre na tarde deste sábado (14) – penúltimo antes do Natal, que cairá numa quarta-feira este ano – foi baixo, em grande parte das lojas. Apesar de nas ruas a circulação de pedestres ter se mostrado “considerável” para um final de semana nublado e com chuvas, alguns estabelecimentos amargaram momentos de completa ausência de clientes, enquanto outros – com cartazes de ofertas e descontos nas vitrines – conseguiram atrair gente, e permaneceram “mais animados”, com muitas pessoas experimentando produtos, pesquisando preços, e algumas efetivando as compras de fato.
O movimento do comércio do Centro de Porto Alegre na tarde deste sábado (14) – penúltimo antes do Natal, que cairá numa quarta-feira este ano – foi baixo, em grande parte das lojas. Apesar de nas ruas a circulação de pedestres ter se mostrado “considerável” para um final de semana nublado e com chuvas, alguns estabelecimentos amargaram momentos de completa ausência de clientes, enquanto outros – com cartazes de ofertas e descontos nas vitrines – conseguiram atrair gente, e permaneceram “mais animados”, com muitas pessoas experimentando produtos, pesquisando preços, e algumas efetivando as compras de fato.
No entanto, é cedo para falar que as vendas de presentes estão aquecendo o setor. Ainda assim, o Sindilojas Porto Alegre estima que as compras natalinas devem gerar cerca de R$ 600 milhões para o varejo. No Estado, a Federação AGV projeta R$ 4,35 bilhões em vendas no mês de dezembro.
De acordo com os varejistas do Centro da Capital, a estimativa é de que no próximo sábado (21), quando a data festiva estará mais próxima, as comercializações melhorem. “Já era para estar vendendo bem, mas até agora não percebo as pessoas animadas, com aquele espírito natalino”, confessa a gerente da loja Maria da Praia, Fernanda Figueiredo da Silva. Segundo ela, os consumidores se mostraram mais “abertos” às compras nos meses de outubro e novembro, principalmente na Black Friday.
“Acredito que o pessoal utilizou a primeira parcela do 13º salário para pagar algumas contas, portanto é bem provável que a correria atrás de presentes comece mesmo depois dos dias 15 e 20 de dezembro, quando entra a segunda parcela”, avalia Fernanda. Segundo a gerente da Maria da Praia, a estimativa de crescimento das vendas de Natal na loja este ano é de 10% em relação a dezembro de 2023. “Trabalhamos com confecção e acessórios femininos, incluindo moda praia; além disso estamos com peças a partir de R$ 20,00 e vestidos para as festas de final de ano, a partir de R$ 99,00. Acreditamos que essas ofertas sejam um bom atrativo”, destaca. 
“Ainda não estou sentindo que as vendas de Natal iniciaram”, admite a gerente da loja Bel Shop, Gabriela Silva Santos. O estabelecimento que comercializa produtos de beleza voltados para públicos feminino e masculino – portanto, mais destinado a consumo próprio – tem como maior atrativo para as vendas natalinas a alternativa de vale-presente de kits de beleza. “Muita gente acaba comprando o vale-presente nesta época”, garante Gabriela. Ela pondera que, para o segmento, o Dia das Mães é uma data mais promissora para vendas, mas afirma que a estimativa é de ocorra o tradicional aumento de vendas por conta do Natal, a exemplo de anos anteriores. “A verdade é que depois da pandemia de Covid-19, o Centro não é mais o mesmo. Logo que passamos por esse período, vieram as obras na região, que “acabaram” com a grande circulação de pessoas que ocorria há anos atrás”, destaca a gerente da operação, ao apontar alguns desafios.
Lojas com produtos mais baratos ou de departamentos foram as mais visitadas na tarde deste sábado. Na Pernambucanas, por exemplo, o fluxo de consumidores pode ser explicado também pelas muitas ofertas anunciadas logo na entrada da unidade localizada na Rua dos Andradas. “Estou achando os preços bem em conta”, comentou a atendente de telemarketing Graziele Nunes Ferreira (30 anos), que passou pela rede varejista em busca de um vestido para o Réveillon. Ela estava acompanhada da amiga Nicole Miranda Rosa (20 anos), também atendente de telemarketing, que aproveitou o passeio para pesquisar os preços para os presentes de Natal que pretende comprar. “Pelo que estou vendo, no geral, as lojas estão com mais opções e preços melhores do que em dezembro do ano passado”, observou.
Na contramão da maioria das lojas do entorno, onde o baixo movimento deste sábado sinalizava lentidão nas vendas natalinas, a loja TR5 Calçados, localizada também na Rua dos Andradas, iniciou dezembro com “ritmo” acelerado de vendas para o Natal, garante o gerente do estabelecimento, Everton Gussi da Silva. “Temos o menor preço da região (com produtos infantis a partir de R$ 29,90, por exemplo), ofertas durante todo o ano, bom atendimento e condições de pagamento que vão até seis vezes iguais no cartão de crédito, para o valor a prazo”, pontua o lojista ao justificar o grande número de pessoas sendo atendidas na loja, em um mesmo momento, no meio da tarde deste sábado. Segundo ele, a estimativa de crescimento das vendas de dezembro este ano é de 15% em relação ao mesmo período de 2023.
Impulsionado pelo governo do Estado, através do programa Devolve ICMS Linha Branca (que prevê a devolução de parte do ICMS embutido nas compras de fogão, refrigerador e lava-roupas, feitas entre 1º de maio e 31 de dezembro de 2024), o segmento de produtos de linha branca também não sinalizava muita movimentação neste sábado. As lojas do ramo, na maioria, estavam com poucos clientes pesquisando preços. Ainda assim, o gerente da unidade Dr. Flores, da rede Magazine Luiza, Fabio Kwiecinski, afirma que “a procura está grande”, após o período das enchentes de maio. “Nossa estimativa é de pelo menos 10% a 15% no crescimento das vendas de dezembro”, calcula o lojista. “Hoje a procura está forte na linha branca e nos móveis destinados à reposição”, reforça Kwiecinski.

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