O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse a jornalistas nesta quinta (28), no Palácio do Planalto, que o governo fará um esforço para explicar as medidas de ajuste fiscal ao mercado e que a cotação do dólar vai baixar. Mais cedo, nesta quinta-feira, a moeda americana chegou a ser negociada a mais de R$ 6, e fechou o dia em R$ 5,99.
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"Vai baixar. É dialogar com o mercado. A equipe econômica vai conversar", disse o ministro da Casa Civil. Ele afirmou que não há dúvidas do compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a responsabilidade fiscal, e que o governo faz um esforço para melhorar a qualidade do gasto público. "Quem apostar contra o Brasil vai perder, porque não vamos brincar de política econômica", disse ele.
Rui Costa rejeitou a tese de que o anúncio da isenção de imposto de renda para quem ganha menos de R$ 5 mil por mês tenha sido responsável pela disparada do dólar. "O chamado mercado não é composto de pessoas desinformadas, de pessoas que se influenciam pelas manchetes. Tem assessoria técnica, muita gente trabalhando para eles, e conhecem as medidas. Essa medida não é nova, essa medida fez parte da campanha eleitoral do presidente", declarou.
Ele disse que não há uma ação feita "no susto" para justificar a volatilidade. "O que foi feito é lançar para o último ano de governo, como estava prometido, a adoção dessa medida. Não há nenhuma medida surpresa", declarou. Rui Costa também afirmou que a alta do dólar está ligada ao fato de o mercado americano ter ficado fechado nesta quinta. Segundo esse raciocínio, o fato faz as variações no Brasil serem mais bruscas.
"Tinha-se muita dúvida se o governo seria capaz de cortar na carne para cumprir o arcabouço. Cortar R$ 20 bilhões só neste ano não é cortar na carne? Não é afirmar um compromisso? Acho que o governo está dando todas as posições, no presente e no longo prazo, de absoluta segurança de que não haverá qualquer aventura e qualquer descompromisso em relação ao cumprimento das metas fiscais e do compromisso do presidente", declarou Rui Costa.